O domingo no Campeonato Brasileiro foi de grandes emoções. Depois de São Paulo e Flamengo vencerem seus clássicos no sábado – falaremos um pouco abaixo – a pressão ficou maior para equipes como Cruzeiro e Palmeiras, que não podiam deixar os dois desgarrarem.
E eles não deixaram. Mas não foi nada fácil.
Palmeiras acha forma para não entregar placares favoráveis
Depois de ver o Santos empatar no clássico que aconteceu na quinta-feira, mais uma vez a torcida do Palmeiras estava no pé de Roger Machado. O elenco é um dos mais completos e caros do Brasil, mas o futebol ainda é inconsistente – para dizer o mínimo – e a equipe parece ter um dom para abrir o placar, se acovardar e levar o empate.
Contra o Atlético-MG, em casa, o Palmeiras fez 1 a 0, mas viu Luan empatar no segundo tempo. Bruno Henrique cobrou uma falta com perfeição e fez 2 a 1 no segundo tempo.
Só que logo depois de ficar à frente mais uma vez, o equatoriano Chará empatou em belo gol. O clima começou a ficar nervoso e a torcida iniciou o coro de burro para seu treinador. Mas no final das contas o Palmeiras conseguiu achar uma forma de não entregar uma vantagem: fazer um gol tão no fim – 48 min do segundo tempo – que não permita reações.
O lance gerou polêmica porque a jogada começou em uma falta de Ricardo Oliveira, que se não fosse marcada, seria um contra-ataque claro do Atlético-MG. Edu Dracena caiu como um saco de batatas, mas houve falta do atacante e ela fica clara no replay.
Além disso o Galo pouco pode reclamar de perder por esse lance porque no gol, os jogadores do Palmeiras subiram pela terceira vez livres na área, um erro de posicionamento de defesa em bola aérea quase juvenil se acontece uma vez. Três é pedir para tomar um gol. Bruno Henrique aproveitou a ajeitada e só completou para o gol vazio, já que o goleiro Victor saiu de forma péssima, fazendo seu segundo gol na tarde.
O Palmeiras subiu duas posições e está em quinto – pode perder a posição para o Internacional, que joga nesta segunda – com 23 pontos, sete a menos que o Flamengo. Mais um empate e o sinal vermelho seria ligado. E Roger Machado ficaria ainda mais pressionado.
Cruzeiro segue em alta
Quem comprou ações do Cruzeiro durante a Copa se deu bem. O time mineiro teve uma sequência complicada no Campeonato Brasileiro antes da parada, mas agora conseguiu emendar duas vitórias seguidas e já está em terceiro, com 24 pontos, seis a menos que o líder.
O Cruzeiro saiu perdendo mais uma vez, assim como aconteceu contra o América-MG alguns dias atrás. Mas o uruguaio Arrascaeta e Barcos, em seu primeiro gol com a camisa azul, deram a vitória para os mandantes no Mineirão. O jogo teve reclamações dos dois lados com a arbitragem.
É difícil saber se o Cruzeiro vai conseguir matar essa vantagem para Flamengo e São Paulo já que o elenco não é tão numeroso e ainda tem a Copa do Brasil e a Libertadores. O time paulista, por exemplo, não jogará essas duas competições.
Sabe o que vai ajudar este redator a descobrir? A sequência Corinthians (fora), São Paulo (em casa), Vitória (fora) e Flamengo (fora), com os duelos contra o Santos pelas quartas da Copa do Brasil e ainda o jogo de ida contra o Flamengo pelas oitavas da Libertadores, tudo entre esta quarta (25/07) e o dia 15/08, data da volta contra o Santos. Serão 20 dias de pura loucura.
Uma sobrinha dos jogos de sábado
A vitória do São Paulo contra o Corinthians foi mais significativa que os três pontos. Ou até que uma vitória em clássicos. Toda vez que o tricolor paulista mostrava alguma coisa de qualidade, o clássico contra o Corinthians era uma volta à realidade muito dolorida, tamanha dominância do alvinegro nesse jogo nos últimos anos. Abrir 3 a 0, com frango do goleiro Cássio, e deixar o rival em situação preocupante foi um combo que os são paulinos vão lembrar por um bom tempo.
Já o Flamengo, depois de perder um confronto direto, em casa, para o São Paulo, precisava desesperadamente da vitória contra o Botafogo. Ela foi definida logo no começo e o time chegou a 30 pontos em 14 rodadas, algo que não conseguia desde 2011. Deu para ouvir o suspiro de alívio na Gávea em todo o Brasil basicamente.