Athlético sai na frente; Inter decepciona – Final da Copa do Brasil

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Você pode me entregar um caminhão de dinheiro mais tarde, depois que eu coloquei as odds para menos de 1,5 gols na partida no post de ontem. Sim, foi sofrido, especialmente porque o Athlético-PR fez pressão e até merecia uma folguinha maior no placar para chegar no Beira-Rio.

Por não ter a regra do gol fora de casa, o resultado foi bom para o Inter, já que se tomasse um gol no Beira-Rio seria obrigado a fazer três. É isso que pensou Odair Hellman, que mais uma vez me deixou P da vida.

Para que ter ataque?

O Athlético-PR começou atacando, colocando todo seu time do meio para a frente. Chances foram criadas, mas a defesa do Inter não vacilou. Normal, era esperado isso em um jogo na Arena da Baixada: a pressão inicial é mais velha que a bola que Charles Miller trouxe para o Brasil.

Mas o tempo vai passando, você vai olhando no relógio, o jogo vai acalmando e o Internacional, mesmo não sendo mais tão pressionado, ainda está lá atrás, sem saída de bola. Não é a primeira vez. É um padrão: Odair Hellman joga assim nos mata-matas fora de casa. Foi assim no Maracanã contra o Flamengo e contra o Palmeiras no Allianz Parque.

O Athlético continuou tentando e finalmente furou a defesa com um belo gol de Bruno Guimarães em jogada trabalhada pelo meio. O blog Olhar Tático do GloboEsporte trouxe todo o desenho da jogada e o comportamento de ambos os times.

Uma parte do texto me chamou a atenção.  “É a forma como times com menos recursos ou que estão se reconstruindo, como o Internacional, conseguem fazer frente aos mais ricos e preparados. Por isso que sim, não existe mais bobo no futebol. “

O Athlético não é o Flamengo. E mesmo que tivesse o mesmo poderio ofensivo. Para que jogar com D’Alessandro e Guerrero lá na frente então? Se os dois só podem produzir fora de casa quando o time está atrás no placar, qual o sentido? Porque mesmo um time defensivo pode ter um escape, uma chance de ameaçar além de lances isolados.

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Se é para ficar atrás da linha da bola e tentar um ataque de vez em quando, melhor ter seis Edenilsons do meio para a frente

O Inter mais uma vez decepcionou e mostrou muito pouco fora de casa. Está vivo e Hellman pensa nos 180 minutos. Justo. Mas essa estratégia pode cair do cavalo a qualquer momento e produz um futebol pobre. O time tem qualidade para mais e prova isso quando quer fazer um gol. No Maracanã, se Nico Lopez fosse inteligente, o jogo teria ido para o Beira-Rio com 2 a 1 no agregado. Ontem o Inter podia ter feito muito mais e só quis jogar à frente quando estava 1 a 0 no placar.

O Athlético merece

Não houve um pingo de nervosismo. Quando se falou que o Athlético tinha alcançado um novo patamar com a conquista da Sul-Americana, o significado era esse: a disputa mais constante por títulos e não se amedrontar com o palco.

Não houve grandes erros. Santos fez uma boa defesa mas o ataque fez Marcelo Lomba sofrer muito mais. Bruno Guimarães, além do gol, foi a máquina do meio-campo e Rony teve uma bela chance que Lomba defendeu de forma sensacional. Nikão também jogou bem.

Agora fica a expectativa para o jogo da volta. Seguindo o roteiro dos dois jogos que citamos acima (contra Palmeiras e Flamengo, na Libertadores), o Inter vai pressionar. Só que pode acontecer de forma desordenada, permitindo chances claras que Marco Ruben pode aproveitar melhor que Gabigol. Calma, torcedor do Flamengo, me referi aos dois lances claros de Gabriel no primeiro tempo, o camisa 9 está jogando muito.

Agora resta conferir as odds da Betfair para vermos quem é favorito para a conquista. Se tivesse que palpitar, no segundo jogo veremos mais chances e gols que no primeiro.

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