Corinthians e Cruzeiro garantiram na quarta-feira uma vaga para a final da Copa do Brasil, batendo Flamengo e Palmeiras, respectivamente, em suas casas. Um jogo terminou com um time sem energia sendo presa de uma equipe limitada, mas com vontade de vencer e aplicação.
No Mineirão o jogo acabou em porrada, um soco na cara e mais uma mostra que o Palmeiras é um time completamente sem controle emocional. Quando Felipe Melo está apartando uma briga e se comportando como Dalai Lama, vemos que o buraco é mais embaixo.
Vamos aos jogos.
Corinthians mostra ao Flamengo como se vence um jogo
O Corinthians é provavelmente o melhor time da história da humanidade em vencer jogos onde não é melhor, não está jogando bem ou sequer tem um time minimamente bom. Quando saiu o duelo contra o Flamengo, qualquer mesa de bar ou mesa redonda na televisão foi unânime: o time carioca tem maior qualidade técnica.
Só que especialmente em um mata-mata, entrega importa. Esse Flamengo se tornou profissional em perder mata-matas para times inferiores. Depois de um empate em 0 a 0 no Rio onde a equipe paulista foi covarde, e o Fla não soube ganhar mesmo tendo a bola para ele, o cenário estava montado.
Danilo Avelar, criticado pela torcida, fez o segundo gol importante em 10 dias praticamente do mesmo jeito, como fator surpresa dentro da área. O Flamengo conseguiu empatar logo depois com um gol contra de Henrique após cruzamento de Pará.
Mas no segundo tempo, novamente com a bola nos pés, Lucas Paquetá, Everton Ribeiro e Diego – que saiu antes da metade do segundo tempo – não conseguem produzir de forma constante, serem agudos, efetivos. O atacante, seja ele Henrique Dourado, Uribe, Guerrero quando estava no clube, enfim, quem quer que seja, não tem qualidade, disposição ou visão para sair e tentar jogo.
É um time de toque de bola sem eficiência, como se pegasse o que Pep Guardiola tem como credo e fizesse a pior imitação possível, desprovida de qualquer intensidade.
E o Corinthians, que estava meio em banho-maria, colocou Pedrinho em campo e o jovem logo mostrou que tem estrela, dominando na entrada da área e mesmo rodeado de flamenguistas acertando um tiro seco no canto.
O Flamengo tentou ir para cima, conseguiu até uma bola na trave no fim em chute torto de Pará que quase o consagra, mas você nunca tem confiança que esse time vai fazer qualquer coisa. E depois de um 2017 decepcionante pelo investimento feito, 2018 vai conseguir ser ainda pior.
Já para o Timão, um eventual título da Copa do Brasil seria motivo para fechar a Paulista, á que a equipe foi completamente desmanchada, trocou de treinadores no meio do mata-mata e ainda pode ganhar R$50 milhões, muito necessários em meio à crise financeira que assola o clube.
Cruzeiro se segura no Mineirão mais uma vez
Pelo terceiro mata-mata o Cruzeiro chegou no Mineirão para a partida de volta com vantagem no placar agregado. Contra Santos e Flamengo perdeu, mas se classificou. Contra o Palmeiras, logo abriu o placar com Barcos.
O Palmeiras jogou mal, talvez seu pior jogo com Felipão, chutando apenas uma bola no gol no primeiro tempo inteiro, mesmo precisando fazer pelo menos dois gols para ir aos pênaltis. Felipe Melo fez o primeiro de cabeça, ganhando de Dedé pelo alto.
Porém o segundo gol não veio. E com o apito final, tivemos rounds extras em pancadaria que teve quatro expulsos, três do Palmeiras e Sassá do Cruzeiro, que acertou um cruzado no queixo de Mayke.
O Palmeiras é um time descontrolado e parece se revezar em quem puxa confusão, ganha cartão vermelho e arranja confusão. Com uma Libertadores em jogo, isso pode ser um imenso problema. Mesmo assim, para a Betfair, o time segue como favorito para a conquista, pagando 3,1 para 1.
Para o Cruzeiro, a questão agora precisa ser jogar mais no Mineirão. Porque contra o Boca Juniors o time precisará reverter um 2 a 0 e contra o Corinthians o time vai ter que dominar a bola e apresentar jogo contra uma equipe tecnicamente inferior.