Quase quatro anos depois de conquistar o inédito Ouro Olímpico no futebol, o Brasil corre sério risco de não poder defender a honra nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Essa seria mais uma vergonha para a seleção, que empilha tragédias em todas as categorias desde o 7 a 1 em 2014.
Jogo decisivo no Pré-Olímpico: logo contra a Argentina
A Argentina não teria nada a decidir na rodada final do quadrangular porque não só já garantiu sua vaga para Tóquio como ainda abriu quatro pontos para o segundo colocado. Só que poder pegar o Brasil e eliminar os grandes rivais é um gostinho a mais que se assemelha a um jantar de lagostas e caviar.
Então pode ter certeza que não terá falta de interesse e corpo mole. E assim o Brasil se complica, já que fez dois jogos ruins neste quadrangular depois de dominar na fase de grupos. O time inteiro entrou em pane, inclusive o goleiro Ivan, que tomou um frango daqueles contra o Uruguai. Sorte nossa que o goleiro uruguaio também falhou de forma inacreditável.
Por ter uma seleção talentosa e muito em jogo, o Brasil é ligeiramente favorito, apesar da Argentina ter jogado melhor futebol recentemente. Na Betfair paga 2,4 para 1 na vitória dos brasileiros, 2,63 na vitória argentina e 3,3 para o empate.
Brasil pode classificar com empate
Uma vitória brasileira mata a questão e os dois times mais tradicionais do continente avançam. Mas até uma derrota no Pré-Olímpico pode garantir a vaga, mas depende do jogo entre a Colômbia e o Uruguai. Os dois têm um ponto e se empatarem, chegam a 2, mesma pontuação do Brasil.
Os critérios de desempate são saldo de gols, gols pró e confronto direto. O lado positivo é que o Brasil saberá do resultado que precisa quando entrar em campo e se o jogo anterior terminar com vitória de alguma equipe, só resta ao time de André Jardine vencer.
A Colômbia, anfitriã do torneio e que contará com todo o apoio do estádio, é favorita no jogo, pagando 2 para 1 na Betfair. O Uruguai paga 3,5 para 1, enquanto o empate paga 3,1 para 1.
As chaves para o Brasil no Pré-Olímpico
O Brasil terá apenas um treino para pegar a Argentina, já que o jogo foi nesta quinta e esta sexta será usada para um trabalho regenerativo.
O mais estranho desta situação é que o Brasil foi bem na fase de grupos, conquistando quatro vitórias em quatro jogos e tendo o melhor ataque de todos os times. Mas o time estagnou, especialmente do meio para a frente: Antony e Paulinho jogaram mal, assim como Pedrinho.
A expectativa é que com a volta de Pepê, a criação consiga ser mais incisiva, algo que não aconteceu contra o Uruguai. A defesa segue sendo um problema e ter que encarar a Argentina e seu melhor ataque da competição, não é nada interessante. Ainda mais porque os jogadores rivais têm experiência até de seleção principal.
Ou seja, é um buraco complicado que o Brasil se meteu, justamente quatro anos depois de tirar um peso nas costas e conquistar o Ouro Olímpico, único título que o Brasil não tinha no futebol masculino.
Apesar de ainda não termos acabado a competição, dá para entender perfeitamente a situação atual. Tirando a questão do trabalho de base deficiente no Brasil nos últimos anos, a nossa seleção não consegue as liberações de clubes europeus para competições do tipo. O exemplo de Gabriel Martinelli, do Arsenal, é o mais chamativo.
Enquanto isso, os jogadores que chamamos do Brasil até tem talento, mas estão no segundo escalão de talento nessa idade, já que os primeiros já foram vendidos pelos clubes, que precisam fazer caixa. Além de Martinelli, a seleção poderia contar com Rodrygo, Vinicius Junior, Eder Militão, entre outros.
Agora não adianta pensar nisso e sim no jogo de domingo, que acontecerá às 22:30 do domingo na Colômbia.
