Análise da Rodada #14 do Brasileirão: a brincadeira embolou geral

alexandre pato santos são paulo

A Rodada #14 do Campeonato Brasileiro de 2019 foi perfeita para quem gosta de emoção e adora um Campeonato embolado. O líder perdeu, o vice empatou e o 3º, 4º e 5º venceram. Já lá embaixo não embolou tanto pelos resultados da rodada, mas pelas movimentações no comando. Estou sendo misterioso? É de propósito para você continuar lendo.

São Paulo quer brigar

O jogo contra o Santos foi para o intervalo com derrota por 1 a 0, mas o São Paulo não tinha jogado mal, apesar do líder do Brasileirão ter chegado com mais perigo. Mas na volta do intervalo a intensidade do São Paulo subiu um nível e os zagueiros do Santos entregaram.

Lucas Verissimo falhou na marcação do primeiro gol e Felipe Aguilar cometeu um pênalti bobo e entregou o terceiro gol para Pato, que saiu com dois gols e com moral.

Quando escrevi sobre a chegada de Daniel Alves no São Paulo disse que o Tricolor tinha muitas dúvidas a responder. Ainda acho que elas existem. O São Paulo pode depender de Pato e performances como a de sábado? Hernanes vai ser um fator ou infelizmente esse tempo passou? Os jovens são confiáveis?

É difícil jogar com a mesma intensidade e a torcida em cima, pegando fogo, como foi no clássico. Mas o São Paulo deu uma boa mostra de força e torna-se um time a e olhar lá em cima. O time tem 24 pontos, mas um jogo a menos e Daniel Alves e Juanfran para serem integrados.

Santos, Palmeiras e Flamengo?

A derrota do Santos não pegou bem, ainda mais porque a escalação de Jorge Sampaoli não funcionou e depois ainda teve uma polêmica com Jean Mota, que saiu do time titular e não escondeu o descontentamento. Mas perder no Morumbi para o São Paulo está longe de ser trágico.

O empate do Palmeiras é mais, já que foi em casa e o time esteve duas vezes à frente. Felipe Melo protagonizou mais um lance lamentável para sua longa lista e é difícil argumentar que com 11 o alviverde sairia com menos que os três pontos.

O Flamengo aproveitou essa rodada dada de bandeja. Não só porque venceu em casa, mas porque o Grêmio, um adversário que seria duro, veio com time reserva pensando na Copa do Brasil. Coisas de nosso calendário e que o rubro-negro não tem nada a ver com isso, só aproveitou.

A diferença do líder Santos para o terceiro Flamengo é de cinco pontos. O Palmeiras tem dois a mais que os cariocas. Esse é o primeiro pelotão, juntando os dois melhores e mais caros elencos (e que ainda disputam a Libertadores) com o Santos, que só está focado na competição nacional.

Lá embaixo o cenário é interessante

rogerio ceni cruzeiro
O Cruzeiro deve se recuperar agora com Rogerio Ceni no comando

Duas semanas atrás falei como Avaí e CSA estavam com todos os sinais de equipes que ficariam na rabeira. Infelizmente isso não mudou. Digo infelizmente porque a briga contra o rebaixamento é sempre legal e renhida e ter times com péssimas campanhas estraga o clima. A Chapecoense, goleada mais uma vez, parece que também quer garantir sua vaga na Série B de 2020 logo.

Isso deixa apenas uma vaga “em disputa”. E as notícias deste fim de semana embolaram a briga. O Cruzeiro tem tudo para se recuperar e subir, já que tem um elenco qualificado para brigar na metade de cima da tabela. Sair da Libertadores e provavelmente da Copa do Brasil também ajudarão nessa subida. Assim como a contratação de Rogerio Ceni, que terá carta branca para implantar suas ideias.

Isso deve preocupar todos que estão acima. O Fluminense tem apenas 12 pontos em 14 jogos, um a mais que o time mineiro. Já se discutiu muito a questão Fernando Diniz, então vou me ater só a resultados: é difícil defender seu estilo (e eu faço isso) com dois anos seguidos lutando contra o rebaixamento.

O Vasco, com 17 pontos, conseguiu se distanciar um pouco, mas é difícil imaginar que essa arrancada com Vanderlei Luxemburgo é sustentável

Por fim tem o Goiás, que sofreu duas goleadas de 6 e ainda perdeu do Vasco em casa e o Fortaleza, que acabou de perder Rogerio Ceni. Ambos ainda estão afastados da zona de rebaixamento, mas trocas de treinadores recentes e elencos que não são dotados de enorme talento podem cobrar seu preço.

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