Com janeiro chegando ao fim e a temporada brasileira engrenando através dos estaduais, nada mais normal também do que vermos novelas de contratações que começaram assim que a temporada 2019 acabou (ou até antes disso) finalmente tendo seus desfechos.
A seguir vamos analisar alguns dos casos que parecem, no mínimo, mais ou menos encaminhados e resolvidos. Lembrou de algum que ficou de fora? Só falar nos comentários.
Pablo Marí
O triângulo futebolístico envolvendo Flamengo, Arsenal e Pablo Marí começou de maneira repentina e, ao que parece, acabou de modo não menos abrupto.
O jogador chegou ao Flamengo em meados de julho de 2019, o atleta espanhol se fixou muito bem no time de Jorge Jesus e virou titular absoluto da zaga. Depois de conquistar com o Rubro-Negro o título brasileiro e da Libertadores, além do vice no Mundial, era natural que algum europeu crescesse os olhos.
Foi o caso do Arsenal. Os Gunners precisam desesperadamente de alguém para a zaga, já que simplesmente não conseguem manter uma dupla titular entre suas opções (David Luiz, Mustafi, Sokratis, Holding e outros).
O negócio parecia sério, a ponto de Edu Gaspar, diretor de futebol do Arsenal, ter levado Marí pessoalmente até Londres para as negociações. O que parecia certo, porém, acabou bem rápido, com o atleta espanhol voltando ao Brasil poucos dias depois e já se reapresentando ao Flamengo, onde treinou por parte das atividades do dia com o elenco.
É possível que a negociação seja retomada nos próximos dias, já que o Arsenal perdeu Mustafi para uma lesão gravíssima e está desesperado atrás de um substituto. A probabilidade maior é que Marí chegue por empréstimo aos Gunners, que teriam obrigação de compra no final da temporada europeia (meio do ano).
Fredy Guarín
Assim que a temporada 2020 começou, o contrato de Fredy Guarín com o Vasco da Gama chegou ao fim. Até houve algum papo de renovação, mas com a saída do técnico Luxemburgo para o Palmeiras, as coisas pareciam ter esfriado de vez.
Acontece que, por ter aparentemente desistido de contratar Jucilei junto ao São Paulo, as atenções do cruzmaltino se voltaram para nomes consagrados do time. Um deles é o do zagueiro Dedé, rebaixado com o Cruzeiro e provavelmente opção econômica de contratação, e o outro é o do próprio Guarín, que já deixou claro que, por ele, é só o Vasco pagar o salário atrasado de novembro que as coisas podem funcionar.
Levando em conta o orçamento bem limitado do clube, a idade de Guarín e a vontade mútua de ambas as partes de fazer a coisa funcionar, devemos ver o colombiano em São Januário por mais alguns meses pelo menos.
Rodriguinho
O meia Rodriguinho atingiu o máximo do sucesso na sua trajetória no Corinthians, onde levantou troféus e se tornou um dos mais queridos da torcida. Saiu para conquistar o mundo, começando pelo Pyramids, do Egito.
As coisas, porém, simplesmente não deram certo e, poucos meses depois de sair do Brasil, eis que o meio-campista retorna, dessa vez para o Cruzeiro, clube que, ali em meados de janeiro de 2019, tinha um dos projetos mais ambiciosos do Brasil para a temporada e era cotado em Betfair como possível candidato a títulos.
O que vimos, claro, foi um verdadeiro desastre do clube mineiro, rebaixado para a Série B, endividado até dizer chega e se livrando de uma série de jogadores. Rodriguinho pode não estar exatamente numa famigerada lista de dispensa, mas parece difícil que o camisa 10 siga no Mineirão, já que a readequação salarial (leia-se ganhar bem menos do que ganhou em 2019) parece uma opção ruim para o jogador de 31 anos.
Alguns ouvidos atentos ouviram chamados vindos do Bahia, enquanto que o Inter e, quem sabe, até o Corinthians, ex-clube do meia, parecem ser opções possíveis para o jogador. Os próximos dias vão dizer quem leva Rodriguinho.
Keisuke Honda
Para finalizar nossa listinha, nada melhor do que um “Seedorf no Corinthians” da vida real! Parece que falta pouco, bem pouco, para um japonês fechar com um clube brasileiro. Estamos falando, naturalmente, do desfecho da novelinha Botafogo e Keisuke Honda.
O jogador de 33 anos andava meio sumido desde que saiu do Milan, em 2017, mas se tornou, em um piscar de olhos, o maior sonho do Botafogo para 2020. Aparentemente é uma questão de tempo (e de fuso-horário) para que o negócio seja fechado.
Sem contrato desde que saiu do Vitesse, da Holanda, Honda pode fechar com qualquer um sem multa contratual ou cessão de direitos, e parece que o destino do meia é mesmo o Fogão.