Os quatro brasileiros sobreviventes da Libertadores fizeram seus jogos de ida nesta terça (20) e quarta-feira (21) – no caso, uns contra os outros. Do outro lado da chave, o Boca Juniors atropelou a LDU Quito por 3×0 fora de casa e já pode se considerar nas semis.
A seguir vamos falar um pouco do que vimos em cada um dos jogos, que vão decidir quem passa para as semis nos duelos de volta da semana que vem. Lembrando que, necessariamente, um brasileiro acabará na final, por conta do chaveamento!
Flamengo demora para engrenar, mas passa por cima do Inter com show de Bruno Henrique
Muito se esperava deste duelo entre times que ocupam a parte de cima da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, e Flamengo e Internacional não deixaram a desejar, embora o começo de jogo tenha sido muito mais truncado do que bem-jogado.
Com o Maracanã lotado empurrando o time, o Flamengo fez o que se esperava e tomou a iniciativa. Gabigol veio para o jogo desde o início, para surpresa de muita gente, e boas jogadas passaram por ele e por Everton Ribeiro no primeiro tempo, mas Marcelo Lomba não deixou nada entrar no gol do Tricolor.
Mesmo com o Flamengo tentando tomar o controle das ações, o jogo tinha pouca dinâmica e havia mais contato no meio-campo do que efetivamente boas jogadas – fato esse que ficou ainda mais evidente pelas interferências constantes e desnecessárias do árbitro chileno Roberto Tobar, que logo se mostrou daqueles juízes que adora uma prosa, enrola até não poder mais e tira movimentação da partida.
É preciso destacar que a temperatura ameaçou subir em alguns momentos, com Guerrero visivelmente uma pilha de nervos (a torcida flamenguista não perdoou seu ex-jogador e pegou no pé sem dó o jogo todo), reclamando e correndo para cima do árbitro o tempo todo, início de desentendimento de Rafael Sóbis com Gabigol e o técnico do Flamengo, Jorge Jesus, entre outros momentos de tensão, mas sem fechar o tempo efetivamente.
O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro, com o Flamengo pressionando e o Inter recuando suas linhas de marcação. Foi justamente aí, porém, quando o Colorado afrouxou as linhas de marcados, que o Flamengo encontrou seu jogo.
Bruno Henrique já estava infernizando a defesa do Inter, achando espaços na grande área em vários lançamentos, e colocou o Flamengo em vantagem aos 29 do segundo tempo, depois de Gerson (que entrou no intervalo e jogou demais) tocar e só precisar completar. Menos de 5 minutos depois foi a vez de Gabigol dar assistência para Bruno Henrique, que girou e mandou no canto.
Gabigol e Nico López ainda perderam uma chance clara de gol para cada lado, e o jogo terminou num vantajoso 2×0 para o Flamengo, que pode até perder por um gol de diferença em Porto Alegre na quarta que vem.
Palmeiras surpreende e vence o Grêmio no Sul
Como todos esperavam, quem tomou a iniciativa do jogo na Arena do Grêmio foi o time da casa, que vive péssimo momento no Brasileirão e deposita todas as suas esperanças de sucesso na Libertadores e na Copa do Brasil (nesta as coisas vão bem).
Dono de 71% de posse de bola no total, o Tricolor foi para cima do Palmeiras e ameaçou seriamente o gol de Weverton, especialmente com finalizações de Jean Pyerre e Alisson, mas o arqueiro do Verdão fechou tudo.
Ainda no primeiro tempo, o Palmeiras ensaiou uma cobrança de falta com Marcos Rocha rolando a bola para Gustavo Scarpa chutar, de muito longe, e fazer um golaço espetacular. Paulo Victor nem teve chance. 1×0 para o Palmeiras.
O segundo tempo viu o Grêmio mantendo uma pressão forte, mas sem atingir resultados. O Palmeiras, por sua vez, jogava no contra-ataque, e levou sério perigo com Dudu pelo menos duas vezes (uma bola defendida por Paulo Victor, outra na trave).
A parte feia do jogo veio aos 22 minutos da etapa final, quando Felipe Melo fez falta em Jean Pyerre, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Com o vermelho, o volante do Palmeiras fica de for do jogo da volta.
Mesmo com um a mais e pressionando até o final, o Grêmio saiu de sua arena com o placar negativo e vai ter que correr (muito) atrás do prejuízo no Pacaembu, na semana que vem.