Palmeiras chega para jogo do ano com desvantagem dura de virar

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Não há dúvida que a partida contra o Boca Juniors nesta quarta-feira é o jogo do ano para o Palmeiras. Ninguém escondeu que a Copa Libertadores é o objetivo para 2018 depois da reestruturação financeira, apoio da patrocinadora e a conquista da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

O problema é que o jogo do ano começa com 2 a 0 contra, um time que historicamente ama jogar no erro de brasileiros e que se fizer um gol obriga o Verdão a fazer quatro.

Foi deprê demais? Vamos aos tópicos então.

Punição do jogo de ida pode ser revertida

O Palmeiras foi cagão no jogo de ida. Não tem outra forma de colocar isso. O time não quis jogar bola e o 0 a 0 parecia um resultado espetacular, o que é um erro na interpretação do regulamento. Mesmo que uma vitória na volta seja suficiente, todos os empates são bons para o adversário, inclusive um sem gols que leve para os pênaltis.

A punição foram dois gols de Benedetto, um em erro de posicionamento e o outro em um drible juvenil levado por Luan.

Agora não adianta pensar na Bombonera. O Palmeiras vai ter que partir para cima e Felipão já abriu que Lucas Lima vai jogar. Moisés, apagadíssimo na Argentina, merecia sair. Vamos ver se Lucas Lima aparece no jogo importante, algo que ele falhou diversas vezes quando estava no Santos.

No ataque, a esperança é que Dudu continue sua boa fase. São 15 assistências na temporada. Ele terá Deyverson para ser garçom dessa vez, já que Felipão optou pelo atacante destemperado e tirou Borja da equipe. Arriscado é pouco, já que Borja é o artilheiro da competição com nove gols.

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Deyverson vem jogando bem. O problema é a cabecinha

E Deyverson, mesmo jogando bem no Brasileiro, já deu inúmeras mostras que não tem controle emocional algum. O DVD de suas expulsões já deve ter chegado no hotel do Boca e eles serão bestas se não provocarem o atacante.

O problema é…

O grande lance do Boca Juniors contra brasileiros não é tanto o time que entra em campo, mas o fato que eles sabem perfeitamente como jogar com vantagem e como serem pressionados. Santos (2003), Grêmio (2007), Cruzeiro (2018) e em mais vários outros casos, eles chegaram no Brasil com vantagem e souberam segurar ela com maestria.

O time irá a campo com 2 a 0 a favor e vai deixar o Palmeiras atacar sem nenhum peso na consciência. Só que obviamente vai fazer o time alviverde pagar do outro lado.

Não precisava de indícios que essa seria a estratégia do Boca, mas a provável entrada de Villa no lugar de Zarate reforça isso. Villa é um jogador rápido para a ponta, que entrou na direita no segundo tempo da ida e a equipe só passou a jogar por lá. Com ele de um lado e Pavón do outro, o contra-ataque está formado.

A pena aqui é que Abila irá jogar no comando do ataque, para dar suas caneladas, correr de forma atabalhoada e quem sabe fazer um gol empurrando para a rede.

Benedetto virá do banco mais uma vez. Ele é a apólice caso a situação fique feia. Um golzinho dele obriga 4 do Palmeiras, o que é uma tragédia.

Times titulares

Com as mudanças propostas por Felipão, a escalação provável do Palmeiras é: Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique, Lucas Lima; Willian, Dudu e Deyverson.

Já o Boca deve vir com Rossi; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Barrios, Pablo Pérez, Nández; Pavón, Villa e Ábila.

O Palmeiras é favorito para vencer a partida – 1,61 para 1 – mas o Boca é obviamente o favorito para se classificar, pagando 1,2 para 1 na Betfair. A classificação dos brasileiros paga 4,2 para 1.

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