O fim de semana no Campeonato Brasileiro não foi dos melhores. Até parece que sou do contra depois do post que fiz após os jogos da Copa do Brasil. Hoje não vou tanto falar de nível técnico mas de resultados, tabela e de dois times cariocas que começam a ver o vinho avinagrar.
Sim, eu só falo de coisa ruim mesmo. Até porque o Inter, como meu colega Paulo já falou em seu excelente texto na sexta, ainda nem jogou.
São Paulo é líder (por enquanto); clássicos todos empatados
O São Paulo não fez um jogo bom na Vila. Se fosse para ter um resultado que não o empate seria a vitória do Santos, que perdeu um gol incrível com Rodrygo.
Com a saída de Everton no intervalo, era claro que a principal arma do time, o contra-ataque, ficaria prejudicado. Mas é bizarro ver que o atual líder do Campeonato Brasileiro, com um ponto a mais que o Inter (e um jogo a mais) não exigiu uma defesa difícil do goleiro adversário.
O clássico paulista de forma geral não foi uma grande partida, infelizmente. O mineiro e o carioca também não, com o primeiro terminando sem gols e o segundo com 1 a 1 no placar.
Com o time inteiro reserva, o Cruzeiro não vai lamentar tanto a falta de três pontos, apesar de ter tido chances no fim do jogo. Já o Flamengo vai lamentar muito o empate com o Vasco, já que poderia ter aproveitado para se aproximar do São Paulo. Era só vencer um rival em crise em um campo neutro, já que o cruz-maltino vendeu seu mando para jogar em Brasília.
Aliás, vamos falar do Vasco.
Vasco e Botafogo podem cair?
É inacreditável que estamos em mais um ano nos perguntando se o Vasco pode cair para a Série B. Desde 2008 são três rebaixamentos e o quarto é uma grande possibilidade.
Mais revelador que as quedas são as formas como o time sobe. Corinthians, Palmeiras, Grêmio e Atlético-MG usaram a segunda divisão como forma de limpar a casa e aparar arestas, seja politicamente, financeiramente ou esportivamente mesmo, investindo em estrutura. Claro que nenhuma das equipes se tornou perfeita, afinal estamos falando de futebol brasileiro.
Mas o Vasco sempre parece confiar em camisa e mais nada. E por isso nas suas duas últimas campanhas na segunda divisão sequer subiu como primeiro, ficando em 3º na edição de 2014 e de 2016.
Com 25 pontos, o time de São Januário está dois pontos atrás do Ceará, primeiro time fora da zona da degola e que teve uma reação com o treinador Lisca. Sempre que se fala em rebaixamento, o número 45, referente aos pontos necessários para escapar, vem à cabeça.
Ou seja, o Vasco precisa de 20 pontos em 14 jogos – o time tem um jogo atrasado contra o Santos por realizar – que podem ser traduzidos para seis vitórias e dois empates. O problema com certeza não é a matemática e sim o elenco enfraquecido, que ainda perdeu Wagner na justiça.
Vou pelo menos dar uma boa notícia aos torcedores do Vasco e também do Botafogo (tem 29 pontos, mas um time muito fraco). O Vitória escapou com 43 pontos no Campeonato de 2017 e o Figueirense também, em 2015. Em 2014, o Palmeiras evitou o vexame com 40 pontos.
A questão de ter muitas equipes ruins – a Chapecoense é uma delas, assim como o Sport – deve ajudar um dos cariocas a salvar, já que o Paraná só tem na cabeça agora a Série B em 2019. O problema é que Bahia e Vitória estão um nível acima e já temos muitas provas que equipes grandes como Vasco e Botafogo quando atolam dessa forma, a junção de pressão, falta de organização e dívidas acaba derrubando os grandes para a Série B.
Aliás, Vasco e Bahia se enfrentam na próxima segunda-feira. Na Betfair o time carioca é favorito, pagando 2 para 1. O triunfo do tricolor bahiano paga 3,8 para 1.
Acho que só um deles cai. O que já é digno de nota, afinal estamos falando de times de enorme tradição que têm repetidos casamentos com a segunda divisão.