A rodada #11 do Campeonato Brasileiro está praticamente encerrada. Só falta o duelo entre São Paulo e Chapecoense no Morumbi – vitória do Tricolor paga 1,5 para 1 na Betfair.
Os jogos de sábado e domingo nos trouxeram algumas coisas interessantes. Temos um “segundo” líder e um Z4 que começa a se formar e ser preocupante para os membros dele.
Vamos aos tópicos
Santos encosta no Palmeiras
Se você perguntar para Jorge Sampaoli “o Santos disputa o título?”, ele vai dizer que é muito cedo, que o Palmeiras tem mais elenco, que ele quer o Santos jogando como Santos. Se você perguntar para um torcedor, ele vai dizer que não se ilude, que o Flamengo é candidato, que falta jogador, etc.
Mas antes de dormir, conversando no interior da cabeça, ambos estão explodindo de empolgação e começando a achar que dá.
O Santos ganhou os últimos cinco jogos, três deles fora de casa (Ceará, Bahia e Botafogo) e sem tomar gols nas últimas três partidas. Ao mesmo tempo que a equipe não tem um craque, ela tem vários jogadores que decidem de forma intercalada: Sanchez, Soteldo, Sasha, Sarinho… quer dizer, Marinho.
E é ai que fica claro como um bom treinador faz diferença e eu escrevo a mesma coisa que escrevo há anos: com um bom técnico e um sistema colocado em prática, o ruim vira útil, o bom vira ótimo e o acima da média fica craque.
E não faltam exemplos disso no time do Santos. Diego Pituca passou de uma boa surpresa em 2018 com Jair Ventura para um excelente jogador de meio de campo. Eduardo Sasha, escanteado até há pouco, é o artilheiro do time com cinco gols. Jorge, bom lateral, é um dos melhores do país na esquerda. A lista segue.
O pé atrás e a necessidade de controlar a empolgação seguem: Palmeiras e Flamengo têm elencos claramente melhores e com a queda de ambos na Copa do Brasil, eles podem focar um pouco melhor no Brasileirão. Se um deles cair na Libertadores, ai que todas as fichas vão para o torneio nacional mesmo.
Por isso o Santos precisa torcer para vários fatores: que o vírus “lesões” não arrebente com o núcleo atual do time (Aguilar, Henrique, Jorge, Pituca, Sanchez, Soteldo) e que Palmeiras e Flamengo fiquem entretidos em outras frentes por um bom tempo. Dá sim para sonhar, mas ainda é cedo para qualquer tipo de ilusão e vaga na Libertadores ainda é bom resultado.
Z4 começa a se formar
Esta é a parte que sempre gera os xingamentos e acusações de desrespeito. Mas não dá para os torcedores de CSA e Avaí me culparem muito. O time alagoano recebeu o Athlético-PR reserva e levou um sonoro 4 a 0. Pior: com três gols de cruzamento.
O CSA não vence em casa (só uma vez em seis partidas, com três derrotas e dois empates) e é o terceiro 4 a 0 que leva (Ceará e Atlético-MG foram os outros algozes). A mudança de treinador não parece ter dado o tradicional choque e com seis pontos em 11 jogos, a situação começa a ficar crítica.
Mesma coisa para o Avaí, que já subiu para a Série A com problemas financeiros e sem um grande elenco. Até agora os catarinenses ainda não venceram no Brasileirão e ontem tiveram mais um empate (o quinto) em jogo horrível com o Goiás. O outro time catarinense da competição, a Chape, também precisa se preocupar, especialmente se perder hoje no Morumbi.
Pode parecer prematuro, já que nem chegamos a 30% do campeonato e já tivemos equipes basicamente condenadas se salvando. Mas o problema para Avaí e CSA, além dos elencos limitados e menor investimento, são as equipes que estão logo fora da zona de rebaixamento.
O Cruzeiro é o primeiro fora, com 10 pontos na 16ª posição. Alguém acredita que o Cruzeiro não irá sair dessa área logo? Já o Vasco, que corre sim perigo, parece estar respondendo ao profexô Vanderlei, vencendo de virada seu rival Fluminense e chegando a 12 pontos. Isso é o dobro do CSA e sete a mais que o Avaí e estamos falando de um time limitado que está a duas posições da zona do rebaixamento.
O buraco começa a ficar complicado, inclusive para o Fluminense. Todo mundo que gosta de futebol gosta de Fernando Diniz, mas dois anos seguidos na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro é complicado. É bom o Fluminense, com seus nove pontos, acordar e começar a secar Fortaleza, Ceará, o próprio Vasco e até times como Botafogo e Goiás.