O que rolou nas quartas de final da Copa do Brasil

Pedro Rocha Cruzeiro

Quatro jogos definiriam o destino dos últimos oito clubes vivos na Copa do Brasil. O Bahia recebeu o Grêmio na Fonte Nova, o Cruzeiro foi até o Independência pegar seu arquirrival Atlético-MG, o Palmeiras visitou o Inter em Porto Alegre e o Flamengo recebeu o Athletico-PR no Maracanã lotado.

A seguir vamos falar sobre cada jogo individualmente, destacando quem foi bem, quem foi mal e o que definiu os confrontos de semifinal, que ficaram Cruzeiro x Inter e Athletico-PR x Grêmio, ainda sem mandantes iniciais definidos.

VAR, expulsões e pênaltis no Beira-Rio

Inter e Palmeiras fizeram um jogo marcado pela interferência do árbitro de vídeo

O VAR é uma realidade no futebol e não adianta reclamar. Alguns defendem, outros odeiam incondicionalmente, mas a realidade é que o árbitro de vídeo veio para ficar e tem sido protagonista em muitos jogos desde que começou a ser usado.

No confronto entre Inter e Palmeiras, no Beira-Rio, o sistema foi essencial em vários momentos e gerou alguma polêmica, mas foi graças a ele que o jogo ficou como ficou. O primeiro tempo foi de um jogo técnico e bonito de ver, culminando com o gol de Patrick, que colocou o Internacional em pé de igualdade com o Palmeiras (o Verdão havia ganhado o jogo de ida em São Paulo por 1×0).

Se na primeira etapa sobraram jogadas bonitas e jogo de qualidade, o segundo foi muito tenso e sem ninguém economizar em pancadaria. O VAR anulou tanto um pênalti para o Palmeiras quanto um gol para o Inter, e o Colorado acabou o tempo normal com dois menos – D’Alessandro e Pedro Lucas foram expulsos.

Nos pênaltis, sobrou talento de ambos os goleiros, mas foi Marcelo Lomba quem se deu melhor, defendendo a cobrança de Gustavo Gómez. Patrick, o mesmo que fez o gol, desperdiçou a chance de acabar com a disputa quando Weverton defendeu sua cobrança, mas então Moisés bateu o último chute do Palmeiras no travessão e acabou com o sonho alviverde. Inter nas semis.

Cruzeiro passa, mas Atlético-MG cai de pé

A missão do Atlético-MG era ingrata desde o princípio: reverter um 3×0 sofrido no Mineirão. Para tentar dar o troco no rival Cruzeiro, o Galo contava com o Estádio Independência lotado para tentar tirar a diferença no placar.

O jogo em si foi de muita pressão do Atlético, como não poderia ser diferente. Cazares abriu o placar aos 35 do primeiro tempo, num chutaço espetacular. O Cruzeiro se fechou e passou a jogar nos contra-ataques, levando perigo, mas viu o que seria seu gol de tranquilidade e praticamente classificação sendo anulado – corretamente – pelo VAR.

O Galo continuou a pressão, ainda que um tanto desorganizada, mas só chegou ao segundo gol nos acréscimos – e de novo foi um golaço. Patric acertou o famoso “chute de rara felicidade” de fora da área, e nem três Fábios chegariam na bola. Para tristeza do time alvinegro, a reação parou por aí. O Atlético saiu de campo eliminado, porém aplaudido por seu torcedor, imensa maioria no Horto, e o Cruzeiro saiu com vaga, pulando de alegria de eliminar o arquirrival.

Festival de horrores nas cobranças de pênalti do Flamengo

Falamos ali em cima sobre o mérito dos goleiros nas cobranças de pênalti entre Palmeiras e Inter. O que se viu no Maracanã, porém, foi bem diferente. Antes de falarmos disso, porém, vamos ao jogo.

A partida foi truncada, mas o Flamengo mostrava algum domínio sobre o Athletico-PR, ainda mais empurrado por seu torcedor – mais de 60 mil pessoas encheram o Maracanã nesta noite de quarta. Foi só no segundo tempo que o Rubro-negro carioca abriu o placar, com Gabigol. 15 minutos depois, porém, o Furacão deixou tudo igual com Roni. Pênaltis.

Desleixo é a primeira palavra que vem à cabeça para quem viu o Flamengo batendo as penalidades. Diego, Vitinho e Éverton Ribeiro todos bateram de modo horroroso, com o goleiro Santos, do Athletico-PR, defendendo dois e o terceiro indo por cima do travessão. Bastou ao Furarão converter as cobranças com Jonathan, Lucho González e Bruno Guimarães para chegar às semifinais, onde o Grêmio aguarda – como diremos agora.

Bahia vende caro, mas Grêmio segue em frente

O Bahia chegou para jogar de igual para igual depois de ter arrancando um empate em 1×1 no Sul, mas acabou eliminado com um golaço de Alisson

O Bahia era o azarão da turma, por assim dizer, mesmo estando fazendo ótima campanha no Campeonato Brasileiro e tendo um time bem competente. Se o Grêmio esperava tranquilidade na Arena Fonte Nova, foi justamente o oposto que encontrou.

O Grêmio sabia que era mais time, e por isso tomou conta do jogo, mas o Bahia não se deixou intimidar e, mesmo tendo menos posse de bola, chegava bem nos contra-ataques. O primeiro tempo acabou sem gols. No segundo, o Tricolor Gaúcho botou mais pressão e, numa jogada individual sensacional, Alisson fez um golaço.

Depois disso bastou ao Grêmio se segurar, e o Bahia não conseguiu mais levar perigo real. Ainda assim, o Tricolor Baiano saiu de campo aplaudido pelo torcedor, que quebrou recorde de público da Fonte Nova em jogos de clubes.

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