Semana passada falamos sobre os goleiros que ocupam o top 10 de melhores do Brasil na atualidade. Como todo mundo adora uma lista e polêmicas divertidas nunca são demais, hoje vamos nos dedicar a falar sobre os zagueiros!
É praticamente impossível fazer todo mundo concordar com uma lista de apenas dez jogadores entre a infinidade de atletas brasileiros que jogam na posição, e o objetivo aqui não é causar conflito, e sim analisar alguns desses atletas que têm tido mais destaque. Mande sua opinião nos comentários, não tem erro! Vamos à lista, enfim.
10. Marlon (Sassuolo)
Nosso décimo lugar pode surpreender muita gente – afinal de contas, Sassuolo, sério? Sim, sério. Marlon é ainda um jovem atleta de 23 anos que estava, pasmem, no Barcelona, depois de ter sido revelado pelo Fluminense e vendido por este lá em 2016. Aos 23 anos, a carreira do jogador carioca está em ascensão, mesmo tendo sido pouco aproveitado no Barça.
A venda para o Sassuolo da Itália, no início da temporada passada, veio em bora hora, e o brasileiro se firmou como titular do time do Norte da Itália. Só em 2018-19 foi praticamente a mesma quantidade de jogos pelo clube italiano do que as passagens somadas por Barcelona, Barcelona B e Nice.
Zagueiro seguro e que vem ganhando cada vez mais espaço, Marlon ajudou seu time a continuar na Série A Tim e só deve crescer de agora em diante. Olho aberto.
9. Dedé (Cruzeiro)
Para alguém que virou meme há tanto tempo, Dedé continua jogando em alto nível e sem dúvida merece entrar na nossa nona colocação. Ele não é mais o famigerado “Dedé do Vasco” e já tem sido o Dedé do Cruzeiro desde 2013. Com a Raposa, aliás, o jogador de 31 anos faturou dois Brasileirões, três Campeonatos Mineiros e duas Copas do Brasil – a caminho da terceira, se tudo der certo para o time de Minas.
Seleção Brasileira não é novidade para Dedé também, que coleciona algumas convocações entre 2011 e 2018 – mas sem nunca ter jogado uma Copa do Mundo. Na verdade, foram apenas amistosos e o chamado “Superclássico das Américas” contra a Argentina.
Independente da sua carreira na Seleção, Dedé se tornou um marco do Cruzeiro campeão dos últimos tempos (sem contar a Série B 2009 e a Copa do Brasil 2011 e a com o Vasco), é peça essencial no elenco da Raposa e deve ter muitos anos de auge pela frente ainda.
8. Felipe (Atlético de Madrid)
Assim como Marlon, Felipe é outro nome que está chegando agora ao patamar mais alto da sua carreira – e olha que estamos falando de um campeão Brasileiro com o Corinthians em 2015. Recém-contratado pelo Atlético de Madrid, parece que finalmente chegou a hora de o atleta de 30 anos brilhar na Europa.
Tecnicamente campeão mundial com o Corinthians em 2012 (mas sem entrar em campo), Felipe foi para o Porto em 2016 e lá permaneceu até maio de 2019, tendo faturado o Campeonato Português de 2017-18 enquanto isso. Titular absoluto, o ex-corintiano tem pela frente a pedreira que é substituir Diego Godín, que foi para a Inter de Milão.
O olhar de Tite já recaiu sobre seu ex-comandado em um amistoso no fim do ano passado, mas Felipe certamente pode esperar novas oportunidades se se provar essencial no gigante Atlético de Madrid tanto quanto foi no Porto e no Corinthians. Aguardemos.
7. Pedro Geromel (Grêmio)
Muita gente diz que os dias de glória de Geromel já ficaram para trás, mas basta ver o sucesso atual do Grêmio, time do qual é titular absoluto e se tornou lenda viva. Dá pra entender, levando em conta uma Libertadores, uma Copa do Brasil, dois Gauchões e outros troféus menores de Recopa.
Aos 33 anos de idade, seria natural ver o nível técnico de Geromel declinando, mas o jogador ainda mantém um nível alto de jogo. É verdade que o Grêmio não vem bem no Campeonato Brasileiro, mas está nas semis da Copa do Brasil e segue firme na Libertadores, a menina dos olhos do Imortal, que bateu na trave no ano passado.
Tite anda preterindo um pouco o zagueiro gremista e isso é compreensível, mas isso não muda o fato de ele ser um dos melhores brasileiros da posição, especialmente entre os que atuam dentro do país hoje.
6. Gabriel Paulista (Valencia)
Aos 28 anos de idade, a carreira de Gabriel Paulista é estável, mas sempre pode melhorar. Desde que saiu do Vitória, lá em 2013, o zagueirão conheceu bastante sucesso em time de médio e grande porte na Europa.
A primeira experiência internacional foi com o Villarreal, onde o atleta fez 50 jogos, mas foi mesmo no Arsenal que veio o sucesso, incluindo duas Copas da Inglaterra com os Gunners (inclusive uma na sua temporada de estreia) e ainda uma Supercopa da Inglaterra – mas ainda assim, o paulistano nunca foi titular absoluto. Negociado com o Valencia, foi mesmo em La Liga que o jogador se encontrou.
Um pouco esquecido pelos técnicos de Seleção desde 2015, Gabriel Paulista é ainda jovem, passa boa confiança e segura a bronca de um time tradicional como é o Valencia, com quem faturou a Copa do Rei da última temporada em cima do Barcelona. Se continuar jogando bem, não deve demorar a beliscar vaga na Seleção Brasileira.
5. Rodrigo Caio (Flamengo)
Foram longos anos de São Paulo, desde a base até o profissional, entre 2004 e 2018, até Rodrigo Caio se tornar mais uma joia na coroa cintilante de atletas caríssimos do Flamengo, na mesma temporada em que chegaram Arrascaeta, Gabigol e outros. É verdade que o Rubro-Negro acabou eliminado da Copa do Brasil ainda anteontem, mas isso não muda as ambições do time no Campeonato Brasileiro e na Libertadores.
O zagueiro de 25 anos ainda tem muito chão pela frente e, embora ainda jovem, se tornou peça fundamental do elenco milionário do Mengão. Convocado algumas vezes, a pretensão de Rodrigo Caio, como deve ser mesmo, é chegar longe com as cores da Seleção – levando em conta que preferidos de Tite como Thiago Silva e Miranda já tem 34 anos cada.
A medalha de ouro olímpica do Brasil e a Sul-Americana com o São Paulo em 2012 são motivos de natural orgulho, mas Rodrigo Caio tem tudo para, olhando para frente, trazer ainda mais glórias para si mesmo, seu clube e sua Seleção.
4. Thiago Silva (PSG)
Nosso quarto lugar é um nome que dispensa apresentações. Já tendo indo do céu ao inferno e de volta ao céu mais vezes do que dá para enumerar, Thiago Silva se tornou daqueles zagueiros osso duro de roer de tanto levar porrada da vida – um defensor clássico, estilo xerife.
Tendo ficado de fora do 7×1 em 2014 por suspensão, Thiago Silva escapou (em partes) das críticas que a Seleção daquela Copa do Mundo em casa sofreu e sofrerá para sempre, mas muita gente se lembra de atitudes como isolamento do resto do elenco e o papelão que foi chorar na disputa de pênaltis contra o Chile, nas oitavas de final.
Dono da zaga do PSG desde 2012, Thiago se tornou nome incontestável na zaga do time francês tanto quanto do Brasil por muitos anos, mas viu seu espaço diminuído com a ascensão de nomes como Miranda e Marquinhos. Ainda assim, é homem de confiança de Tite e, mesmo sem ter a titularidade absoluta, deve continuar vestindo a amarelinha por um tempo.
3. Miranda (Inter de Milão)
Assim como Thiago Silva, Miranda é daqueles caras que já provou tudo o que tinha que provar, mas continua jogando em alto nível mesmo com 34 anos, quando poderia estar semi-aposentado na China, na MLS ou em algum país árabe ganhando dinheiro até dizer chega e jogando o mínimo do possível. Não foi o que o veterano escolheu fazer.
Depois de começar a carreira no Coritiba e viver uma juventude agitada no São Paulo, com quem foi tricampeão brasileiro, o zagueiro foi alçar voos mais altos na Europa, começando pelo Atlético de Madrid, onde o brasileiro faturou La Liga, Liga Europa, Copa do Rei e outros troféus menores. Desde 2015 na Inter de Milão, Miranda continua sendo titular na maior parte do tempo, mas, embora a qualidade técnica inegável, a idade começa a pesar para o zagueiro, o mais velho da nossa lista.
Tite ainda conta com o veterano para as próximas convocações, mas só um milagre para o ver no Catar em 2022. Talvez mais uma Copa América no ano que vem e nosso terceiro colocado já possa se dar por satisfeito com a camisa amarelinha.
2. Éder Militão (Real Madrid)
Seguindo a trilha oposta do veterano Thiago Silva, nossa medalha de prata fica para Éder Militão, uma das mais novas contratações do Real Madrid, e com apenas 21 anos de idade.
Menina dos olhos do São Paulo de 2017 e 2018, Militão se tornou daqueles zagueiros que enchem qualquer time de inveja tanto pela qualidade defensiva quanto pela capacidade de fazer gols de cabeça. No São Paulo foram quatro e no Porto, para onde ele foi vendido em agosto de 2018, outros cinco.
Campeão da Copa América 2019 com o Brasil e voando com o Porto em sua única temporada em terras portuguesas, os olhos do Real Madrid cresceram e o time espanhol desembolsou os 50 milhões de euros pedidos pelos Dragões sem pensar duas vezes, contratando Militão por 6 temporadas. Se a coisa engrenar com os Merengues, em breve poderemos ter o novo astro da defesa brasileira.
1. Marquinhos (PSG)
No auge da forma e da técnica, o vice-capitão e titular incontestável do PSG ganha nossa medalha de ouro: Marquinhos!
Cria da base do Corinthians desde os 8 anos de idade, Marquinhos foi chamado por Tite para ser parte do elenco campeão brasileiro com o Timão em 2011, sua primeira experiência no profissional, e logo depois venceu a Libertadores de 2012 com o clube.
Com apenas 18 anos, o zagueiro já estava de malas prontas para a Itália, onde foi jogar na Roma. Mesmo sendo muito jovem, o atleta chamou a atenção, se fixou como titular absoluto da Loba e fez os gigantes da Europa ficarem babando de cobiça. Não deu outra: ainda em 2013, depois de apenas uma temporada em Roma, o jogador foi jogar no PSG.
Titular absoluto em ambas Ligue 1 e UEFA Champions League, Marquinhos está quase enjoando de ganhar troféus – foram cinco em seis temporadas disputadas, sem contar quatro Copas da França e outros troféus menores. Faltou sucesso continental, é verdade, mas talvez o zagueiro de 25 anos seja o último a ser culpado por isso num elenco milionário que já tem Neymar e outros.
Na Seleção Brasileira, coube ao atleta do PSG ser reserva imediato da dupla Thiago Silva e Miranda, mas acabou não entrando em campo na Copa de 2018. A titularidade veio mesmo com a Copa América recém-encerrada agora em 2019, mas o zagueirão já havia provado há muito tempo seu valor. Em plena ascensão, Marquinhos deve ser o rosto do futuro da defesa do Brasil, começando pela Copa do Mundo do Catar, em 2022.