O Manchester City ganhou a Premier League na temporada 2017/18 fazendo 100 pontos, marcando 106 gols e tendo 19 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o arquirrival Manchester United. Mesmo assim, Pep Guardiola disse que dá para melhorar, não na questão dos pontos, mas sim nas performances dos jogadores.
E quem vai duvidar do treinador? O catalão recuperou a moral depois de uma primeira temporada morna na Inglaterra e o time é o grande favorito para vencer a liga novamente, pagando 1,61 para 1 na Betfair. O Liverpool, segundo na relação, paga 5 para 1.
Já falamos dos rivais diretos pelo título aqui e demos destaque para Sarri e Emery começando suas trajetórias no Chelsea e Arsenal respectivamente. Então vamos começar focando bastante no City.
Poucas mudanças no elenco
As entradas e saídas do plantel do City foram uma novela à parte nos últimos anos, já que o dinheiro dos proprietários do clube criou uma avalanche de contratações em todas as janelas. Mas para 2018/19, o time foi tímido e basicamente todas as negociações foram de jogadores pouco ou nada aproveitados por Guardiola.
Só há uma exceção: o jogador da seleção da Argélia, Riyad Mahrez. Um dos grandes jogadores do Leicester campeão inglês em 2015/16, ele foi um dos últimos a deixar o time após a conquista, mas as 60 milhões de libras e a possibilidade de disputar títulos de forma constante foram mais fortes.
Assim Guardiola ganha mais uma opção para um elenco que já era mais do que recheado, especialmente do meio-campo para a frente.
Vale citar nomes? Ok. Fernandinho, Ilkay Gundogan, Fabian Delph, Kevin De Bruyne, um dos melhores jogadores do mundo e destaque da Premier League na temporada passada, David Silva, Bernardo Silva, Raheem Sterling e agora Mahrez vão brigar para formar o meio-campo e municiar Sergio Aguero no ataque.
No jogo da Supercopa Inglesa, vencida pelo City por 2 a 0 contra o Chelsea, Aguero fez dois gols e Sané, Mahrez, Bernardo Silva e Fernandinho dominaram as ações. E ainda tem mais: com 18 anos apenas, Phil Foden foi muito elogiado por Guardiola e pode ganhar minutos em campo a qualquer momento. O treinador adora rodar o elenco e com quatro grandes competições (duas copas domésticas, Premier League e Champions League), todo mundo vai poder jogar.
Continuidade a favor do City
Não é fácil jogar para treinadores que tem uma ideia de jogo fixa e um arsenal de jogadas e esquemas na cabeça. Por isso é normal que a continuidade, seja do trabalho de Guardiola – entrando no terceiro ano – e também do elenco, com poucas mudanças nas peças, seja um grande trunfo do Manchester City.
Os grandes rivais ingleses não conseguem ter essa união de elenco numeroso, treinador de ponta e continuidade em todos os âmbitos. O Liverpool tem um treinador incrível – Jurgen Klopp – mas o elenco não é tão talentoso para aguentar a maratona de jogos fazendo rodízio.
E a temporada passada é uma prova. O Liverpool fez campanha incrível na Champions League, inclusive eliminando o City, mas na Premier League empatou doze vezes e não conseguiu nem ameaçar o campeão inglês.
O Chelsea não teve nem continuidade, trocando o treinador e várias peças no elenco, inclusive o goleiro Thibaut Courtois e possivelmente Willian, e também não tem a qualidade dos rivais do noroeste da Inglaterra. O Arsenal menos ainda.
Por fim tem o United. O elenco é de qualidade e Mourinho conhece bem seus jogadores, mas isso parece sempre ser um problema com o português, que por onde passa arranja desafetos com uma efetividade impressionante. O último deles parece ser Paul Pogba, que pode sair ainda nesta janela.
Ou seja, o City é com certeza o favorito para conquistar a Premier League, como as casas de apostas denunciam. Vamos ver se no campo a ideia se confirma.