Amarrando as pontas: o que rolou no Paulistão e Fla-Flu à vista

diego gabriel bruno henrique flamengo

O último fim de semana de futebol no Brasil foi o mais importante em 2019 até o momento. Depois de dois meses de campeonatos estaduais, chegamos onde verdadeiramente importa, que são as decisões. Daqui para a frente só melhora até o Campeonato Brasileiro começar.

Eu vou comentar rapidamente para não perder mais tempo com isso: o jogo do Brasil contra o Panamá não será foco de nossa atenção. Os amistosos da seleção são um sonífero há anos.

Vamos então ao que importa.

Fla-Flu que leva a outro Fla-Flu

A fórmula de disputa do Campeonato Carioca não é para amadores entenderem, então vou tentar simplificar ao máximo. O Flamengo precisava vencer para avançar de fase e pegar o Fluminense de novo para depois tentar vencer o Vasco (provavelmente) e ai pegar o Vasco de novo na final.

Entendeu?

Vamos ao que importa. O Fla-Flu deste domingo colocou o Flamengo precisando vencer o Fluminense nem tanto. Por isso Fernando Diniz optou por um time de reserva que logo no começo do segundo tempo teve que olhar para o placar e ver um 3 a 0 contra.

A chegada de Bruno Henrique e Gabriel não é benéfica só pelo futebol, que os dois têm de sobra para o nível do futebol brasileiro. O que fica claro é que ambos parecem se alimentar da energia que o jogo grande traz. E isso era algo muito em falta no Flamengo nos últimos anos.

Bruno Henrique fez dois gols em clássico novamente. Gabigol, depois de demorar para desencantar com a camisa rubro-negra, agora não para de fazer gols.

Mesmo assim é difícil se empolgar com os dois gols sofridos para o time reserva do Flu, mais uma vez mostrando que fazer gol no Flamengo é tarefa até fácil.

O Fluminense pode se empolgar com as opções que apresentou de banco. Vamos ver se o time titular será páreo na semifinal da Taça Rio, que será nesta quarta-feira. A outra coloca frente a frente Vasco e Bangu. O cruz-maltino foi o vencedor da Taça Guanabara e tem a faca e o queijo na mão para decidir a parada sem precisar das finais.

O Paulistão foi ligeiramente esquisito

A análise-padrão antes do começo do mata-mata no Campeonato Paulista é que o Palmeiras tinha o melhor time, o Corinthians estava na sua melhor fase, o Santos em sua pior na era Sampaoli e o São Paulo nem devia ter classificado, tamanha a vergonha do futebol apresentado.

Pois bem, no sábado, o Palmeiras empatou com o Novorizontino com uma bolinha mal jogada pela enésima vez. Fernando Prass defendeu pênalti e o time perdeu várias chances de gol. O gol do time do interior foi polêmico até com a revisão do VAR e o clube perdeu a chance de ficar calado mais uma vez com um piti no Twitter chamando o torneio de Paulistinha. Se é Paulistinha, ganha pela primeira vez em uma década.

É claro que o Palmeiras é o imenso favorito, com a vitória pagando 1,18 para 1 na Betfair. Mas essa falta de inspiração pode custar caro nos clássicos ou pior, na Libertadores, assim como aconteceu ano passado.

Já o Santos venceu o Red Bull Brasil, dono da melhor campanha da primeira fase, por 2 a 0. Foi um jogo completamente aberto, com o alvinegro praiano ficando menos com a bola que o adversário, mas sendo incisivo e criando mais chances que nos últimos jogos. O jogo de volta na terça promete bastante também. A vitória do Red Bull paga 2,4 e a do Santos, 2,5 na Betfair.

igor gomes são paulo
Igor Gomes é uma lufada de ar para o deprimido torcedor são-paulino

Já no domingo, o São Paulo mostrou um pouco de fibra e com dois gols de Igor Gomes, dá para se empolgar um pouco com o futuro. Já é mais para o torcedor do tricolor que na semana passada. O cenário seria mais bonito se o Ituano não tivesse feito um gol no fim que pode custar muito caro no jogo de volta.

Mesma coisa para a Ferroviária. O Corinthians evitou uma derrota que seria injusta com mais um gol de Gustagol, o craque do campeonato se muitas discussões. Mesmo tendo o jogo de volta na mão e em casa, é um empate para preocupar o Timão: a equipe regrediu em relação aos bons últimos jogos que fez.

Extra: Grêmio

É difícil falar dos Campeonatos Gaúcho e Mineiro, já que eles duram muito mais do que deveriam e isso prejudica Grêmio, Internacional, Atlético-MG e Cruzeiro.

Dito isso, o Grêmio segue tendo o melhor futebol do Brasil, apesar do começo ruim na Libertadores. A equipe fez 6 a 0 no Juventude no Alfredo Jaconi e mais importante que isso, Renato Gaúcho começa a integrar Diego Tardelli (fez gol no domingo) e recuperar Luan, que fez dois gols.

Claro, Palmeiras e Flamengo têm melhores resultados continentais. Mas o Grêmio tem o melhor futebol e é o time que mais dá prazer de ver.

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