Aqueles que seguem a linha de que o Paysandu é Brasil na Libertadores e vão substituindo o nome do clube por qualquer time nacional que vá restando na disputa do torneio certamente terão seu patriotismo ferido ao ler este artigo. Mas o fato é que Palmeiras e Grêmio restaram como obstáculos para a maior final de todos os tempos da Copa Libertadores da América.
Com o empate, por 1 a 1, obtido pelo Boca Juniors na noite de quinta-feira, 4 de outubro, no Mineirão, diante do Cruzeiro, o time de La Bombonera ficou com a última vaga que restava nas semifinais.
Agora, terá pela frente o Palmeiras. Também brigam por um lugarzinho na decisão Grêmio e River Plate. Assim, só os clubes brasileiros podem evitar que um dos maiores clássicos do futebol mundial seja realizado na última vez que o torneio terá uma final com duas partidas.
A partir da versão 2019, a Libertadores passará a adotar o mesmo sistema de decisão da Liga dos Campeões da Europa, com jogo único em local neutro – ao menos em teoria.
Se os argentinos conseguirem avançar, será muito provavelmente a maior decisão da história de futebol. Um encontro com essas características jamais aconteceu na UCL (Uefa Champions League). Barcelona e Real Madrid, que carregam em sua história rivalidade semelhante, já chegaram às semifinais em uma mesma edição do torneio, mas ficaram por aí.
Houve dois encontros entre times do mesmo país em uma decisão. O Derby de Madrid aconteceu nas finais de 2013/2014 e 2015/2016. O Real Madrid faturou ambas. Porém, em termos de rivalidade, o clássico argentino está anos luz de distância desse confronto.
Palmeiras leva vantagem no retrospecto contra o Boca
O empate é, de longe, o resultado mais vezes registrado no histórico de encontros envolvendo Palmeiras e Boca Juniors. Aconteceu em 12 das 23 vezes em que as equipes estiveram frente a frente. Os argentinos venceram somente três desses encontros e os palmeirenses comemoraram oito sucessos.
Limitando essa lista para os duelos na Libertadores, a proporção não muda muito. Foram oito confrontos com cinco empates, duas vitórias do Palmeiras e uma do Boca Juniors.
Os jogos no torneio foram os seguintes:
Edição do torneio | Resultado da Partida |
1994 | Palmeiras 6 x 1 Boca |
1994 | Boca 2 x 1 Palmeiras |
2000 | Boca 1 x 1 Palmeiras |
2000 | Palmeiras 0 x 0 Boca |
2001 | Boca 2 x 2 Palmeiras |
2001 | Palmeiras 2 x 2 Boca |
2018 | Palmeiras 1 x 1 Boca |
2018 | Boca 0 x 2 Palmeiras |
Grêmio e River só se enfrentaram em duas partidas na Liberta
O número de encontros envolvendo Grêmio e River Plate na história da Libertadores é bem menor. As equipes tiveram seus caminhos cruzados no torneio apenas na edição 2002, pela fase de oitavas de final. Os brasileiros massacraram os argentinos. Golearam por 4 a 0 em Porto Alegre. Foi a maior goleada da história do duelo. Os gaúchos também ganharam em Buenos Aires. Em pleno Monumental de Nuñez marcaram 2 a 1
Se forem considerados, contudo, todas as ocasiões em que os clubes se enfrentaram em duelos no estilo mata-mata, a vantagem é do River Plate, que ganhou três deles (Supercopa Sul-Americana de 1988, 91 e 95) contra dois sucessos dos gaúchos (Supercopa Sul-Americana de 1989, além da Libertadores de 2002).
A princípio, os jogos estão programados para os dias 24 e 31 de outubro, mas a Confederação Sul-Americana de Futebol ainda precisa confirmar os horários das partidas. Por terem realizado campanhas melhores na fase de classificação, os times brasileiros contam com o direito de disputar a segunda partida em seus estádios.