O Sevilla dos últimos anos encantava. O time de Unai Emery que sofria 3 gols, mas que marcava 4, que buscava resultados improváveis nos mata-matas da Liga Europa e era extremamente competitivo ou o time de Jorge Sampaoli que tirou a invencibilidade de 40 jogos do Real Madrid. Nesta temporada, porém, o time mostra momentos de baixa, com lampejos do grande Sevilla dos últimos anos. O time está na final da Copa do Rei, sua 17ª decisão nos últimos 12 anos. Antes, em mais de 100, haviam sido apenas cinco decisões.
O Manchester United , em uma esfera muito maior, também encantou a Europa com várias formações montadas por Sr. Alex Ferguson. Os ingleses eram temidos e frequentavam com assiduidade as fases mais agudas da Champions. Depois da saída do histórico treinador, time e clube ainda tentam se encontrar. E nesta temporada a Liga dos Campeões é o caminho que resta.
Na Premier League o time de José Mourinho não é capaz de seguir o ritmo do Manchester City e está 16 pontos abaixo do líder, na Copa da Liga foi eliminado pelo Bristol, da segunda divisão, e a FA Cup ainda está em suas fases prévias. Por isso a Liga dos Campeões é o que o gigante inglês tem para se concentrar.
Para dar mais fôlego ao time que não consegue encaixar nem bons jogos e nem bons resultados, o United ganhou uma queda de braço com o rival Man. City e contratou Alexis Sanchez, que poderá jogar em Sevilla. Eric Bally voltou a jogar depois de três meses e também estará à disposição de Mourinho. Ibrahimovic (joelho), Blind (tornozelo), Herrera (problema muscular), Fellaini (joelho) e Rashford (problema muscular) são os desfalques dos Red Devils.
O Sevilla, por sua vez, tenta chegar pela primeira vez às quartas-de-final da Liga dos Campeões. Na temporada passada, caiu para um inglês nesta mesma fase. Venceu o Leicester em casa por 2 a 1 e perdeu fora por 2 a 0. O detalhe é que os espanhóis perderam um pênalti em cada partida.
Na temporada atual, Eduardo Berizzo foi sacado antes do fim do ano e Vicenzo Montella chegou para dirigir a equipe. Conseguiu um bom desempenho até aqui com 8 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. O Sevilla tem duas armas para brigar contra o United.
A primeira é o seu estádio. No Ramon Sanchez Pizjuan os espanhóis perderam apenas uma vez nos últimos 35 jogos e chegou a ficar mais de um ano invicto. Nesta Liga dos Campeões conseguiu buscar um empate contra o Liverpool após estar perdendo por 3 a 0. A segunda arma é o centroavante Wissam Bem Yedder. O francês de 27 anos tem 17 gols na temporada e oito apenas na Liga dos Campeões.
Para esta fase do torneio o Sevilla inscreveu seus três jogadores recém-contratados: Guilherme Arana, Sandro Ramirez e Roque Mesa. Paulo Henrique Ganso ficou sem espaço e não ocupará uma vaga no plantel. Montella terá todos os seus principais jogadores à disposição.
Sevilla e Manchester United já brilharam mais intensamente na Europa. Os espanhóis tentaram achar na Liga dos Campeões a mesma inspiração que tinham ao jogar a Europa League, onde conseguiu 5 títulos em 10 anos. Já o Manchester United, um gigante do continente, se inspira em si próprio para voltar a fazer história no continente. O ponto de partida para a virada de um dos dois é o Ramon Sanchez Pizjuan. O ponto de chegada vai depender do desempenho de cada um.