Top 10: as melhores finais de Liga dos Campeões da história

Uma das finais de UEFA Champions League mais esperadas dos últimos anos vai acontecer no próximo sábado (1), e que maneira melhor de nos prepararmos para o jogaço que promete ser Liverpool x Tottenham do que relembrando outras finais gloriosas?

A seguir você confere nosso top 10 de maiores finais de todos os tempos da Liga dos Campeões. Note que só contamos a era moderna (a partir de 1992) e que, claro, todos têm o direito de discordar. Deixe nos comentários as mudanças que você faria! Vamos lá?

10. Milan 0x0 Juventus – (3×2 nos pênaltis) Manchester, 2003

Com o futebol italiano vivendo seu auge, dois times do país chegaram na final da Champions e fizeram bonito para o público no Old Trafford

É sempre difícil escolher um evento para ficar na décima posição de listas Top-10, e aqui não é diferente. O placar talvez dê a entender que foi um jogo chato, mas só lendo alguns nomes da escalação dos dois italianos já fica claro que isso seria impossível – afinal, estavam em campo aquele dia, entre outros, Buffon, Zambrotta, Camoranesi e Del Piero do lado da Juventus contra Dida, Maldini, Pirlo e Inzaghi do lado do Milan, pra ficar no básico.

Era o futebol italiano chegando no seu auge moderno e o jogo foi o primeiro confronto entre dois times da Itália numa final europeia. Depois de um 0x0 insistente em ambos tempo normal e prorrogação e jogo truncado do início ao fim, foram os goleiros que deram show nos pênaltis. Dida superou Buffon: o brasileiro pegou três e o italiano “só” dois. Foi o suficiente para garantir que, quando Shevchenko convertesse o último, a orelhuda fosse para Milão.

9. Milan 4×0 Barcelona – Atenas, 1994

O Milan fez bonito na capital da Grécia e conseguiu vencer um dos melhores Barcelonas que já havia existido. Dias de glória na Itália.

O Milan tem sete títulos de Taça dos Clubes Campeões Europeus/UEFA Champions League e falamos acima do sexto deles. Agora vamos falar do quinto, conquistado com muito mais facilidade, mas dando um show muito maior. O adversário era o Barcelona de Johan Cruyff, com Guardiola no meio campo e Romário (prestes a ser tetra com o Brasil) no ataque. Não foi suficiente para parar os italianos, que atropelaram os espanhóis com gols de Savićević, Desailly e Massaro (2x).

O Milan jogou com elegância poucas vezes vista antes e estabeleceu o recorde de diferença de gols numa final na era moderna, ainda não batido depois de 25 anos. Gente como Maldini, Albertini, Donadoni e Massaro, essenciais para o título, iriam compor a espinha dorsal da Seleção Italiana na Copa do Mundo do mesmo ano. Ali, porém, como sabemos bem, Romário sentiu o gostinho da revanche, não é mesmo?

8. Barcelona 3×1 Manchester United – Londres, 2011

Quando o Tiki-Taka era a lei, ninguém superava o Barcelona de Guardiola. O United era um ótimo time, mas aquele Barça era fora da realidade.

Se existe uma temporada em que o futebol do Barcelona era incontestável e incomparável, essa temporada foi a de 2010-11. Guardiola havia finalmente atingido o auge da perfeição no chamado Tiki-Taka espanhol, que inclusive foi essencial na conquista da Copa do Mundo pela seleção do país logo antes de aquela temporada começar.

Do outro lado estava o todo-poderoso Manchester United, campeão inglês na mesma temporada e com verdadeiras lendas em campo, como Rio Ferdinand, Nemanja Vidic, Michael Carrick, Ryan Giggs e Wayne Rooney. Infelizmente para Sir Alex Ferguson e seus comandados, o Barcelona tinha verdadeiros deuses do futebol encarnados, em especial Lionel Messi, Xavi e Andrés Iniesta.

Pedro abriu o placar para o Barça e Rooney deixou tudo igual pouco depois, mas o equilíbrio acabou aí. No segundo tempo, o United se viu amassado e envolvido pela troca de passes mágica dos espanhóis, que fizeram o segundo com Messi (num chutaço de fora da área) e o terceiro com David Villa (outro golaço, da meia-lua). O United até jogou bem, mas o adversário era simplesmente muito melhor. Como disse o próprio Ferguson: “o melhor time contra o qual eu já joguei”.

7. Barcelona 2×1 Arsenal – Paris, 2006

No encontro de Ronaldinho Gaúcho com Thierry Henry antes daquela fatídica eliminação do Brasil para a França no mesmo ano, foi o jogador do Barça quem saiu sorrindo de campo.

Enquanto torcedor do Arsenal, é difícil para mim escrever sobre aquele fatídico dia no Stade de France sem sentir uma tristeza enorme no coração, mas o que é inegável é que, independente do placar final, aquele foi um jogaço que entrou para a história da Liga dos Campeões e do futebol moderno.

O Arsenal era um dos gigantes mais poderosos da Europa no momento, tendo conquistado a Premier League de maneira invicta dois anos antes e contando ainda com alguns dos maiores ídolos da sua história, vide Freddy Ljungberg, Robert Pires, Ashley Cole, Kolo Touré, Gilberto Silva e, acima de todos, Thierry Henry.

O Barcelona por sua vez, era uma força em plena ascensão depois de dois títulos consecutivos de La Liga, mas sem vencer a Taça dos Clubes Campeões Europeus (antiga Champions) desde 1992. Ainda assim, uma zaga com Puyol, um meio com Deco no auge e um ataque absurdo com Ronaldinho Gaúcho e Eto’o era de meter medo em qualquer um.

O que se viu em campo foi briga de cachorro grande poucas vezes repetida, com direito a tudo que se possa imaginar: Lehmann, goleiro do Arsenal, expulso aos 18 minutos de jogo, os Gunners ainda assim saindo na frente com o zagueiro-herói Sol Campbell, o goleiro reserva, Almunia, fazendo bonito frente a Eto’o, drama até o fim, empate pelos pés do astro camaronês e virada épica através de gol de ninguém menos que Belletti, saído do banco.

Festa catalã e gosto amargo na boca do torcedor do Arsenal até hoje, que ainda não conseguiu faturar nenhum título europeu relevante.

6. Bayern de Munique 2×1 Borussia Dortmund – Londres, 2013

O Bayern conquistou seu último título de Liga dos Campeões tendo o prazer de vencer um dos maiores rivais do país na finalíssima.

Dois times alemães nunca haviam se enfrentado numa final de Liga dos Campeões na história e esta, aliás, acabou se tornando a última vez que qualquer representante do país chegou à final até hoje. O duelo feito pelos eternos rivais Bayern de Munique e Borussia Dortmund, além da qualidade, foi daqueles de causar infarto nos torcedores, já que o jogo esteve empatado e indefinido até os 44 do segundo tempo.

O Borussia, campeão da Bundesliga em 2012, começou pressionando os então atuais campeões, forçando Neuer a trabalhar. Os Bávaros, porém, não deixaram barato e fizeram o goleirão Windenfeller se esticar todo. O primeiro tempo acabou 0x0.

Na segunda metade da partida, começaram a brilhar as estrelas dos monstros Robben e Ribéry, que praticamente deram o gol para Mandžukić fazer. O Borussia não desanimou, foi pra cima e, num pênalti cometido por Dante, empatou com Gündogan. O problema é que o Bayern tinha Ribéry e Robben voando em campo, e aí fica difícil de competir.

O francês deu um passe de calcanhar para o holandês que, numa frieza monstruosa, enganou o goleiro do Dortmund e matou a partida faltando um minuto para o fim. Orelhuda na Bavária pela quinta vez e mais um ano de fila para o Dortmund, que não conquista a Europa desde 1997

5. Real Madrid 4×1 Atlético de Madrid – Lisboa, 2014

La Decima veio de uma maneira espetacular: em cima de um dos maiores rivais e com gol salvador no apagar das luzes para reacender as esperanças – e virar o jogo em seguida

Chegamos na final mais recente da nossa lista e mais um caso em que, para quem não acompanhou, olhando para o placar, parece que o confronto foi um chocolate. Não foi.

O Atlético de Madrid havia sido campeão depois de 18 anos e tinha um timaço com Curtois, Miranda, Godín, Juanfran Filipe Luís, Koke, Gabi, Tiago, Raúl Garcia, Diego Costa e David Villa – só monstros, em suma. Para azar do Atlético, seu maior rival, Real Madrid, tinha uma coleção de astros tão significativa quanto e, acima de tudo, Cristiano Ronaldo jogando demais.

Godín abriu o placar para os Colchoneros ainda no primeiro tempo e o time se segurou até o finzinho, jogando bem. O Real Madrid passou o jogo inteiro pressionando sem parar, sem resultado, até os 90+3, quando Sergio Ramos fez o gol de cabeça após um escanteio. Era o começo do fim para o Atlético.

Visivelmente exaustos, os Colchoneros quase não conseguiam mais ir para cima, mas ainda seguraram o empate durante os primeiros 15 minutos da prorrogação. No segundo, porém, não houve milagre que separasse o Real Madrid da taça. Com gols de Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo (esse de pênalti), os Merengues ficaram com a famosa La Decima e deixaram os rivais locais com mais um vice – o terceiro da história. Título que é bom, para o Atlético ainda não veio.

4. Manchester United 1×1 Chelsea (6×5 nos pênaltis) – Moscou, 2008

Naquele Manchester United cheio de heróis e lendas vivas, não faltou emoção até o último instante para conquistar o terceiro e último título de Champions do clube até o momento

Nós entramos oficialmente nos itens com placares apertados e disputadas acirradíssimas. Quem viu aquele jogo histórico na Rússia entre United e Chelsea não vai se esquecer tão cedo.

Começando pelos atletas envolvidos, era óbvio que teríamos um jogaço pela frente. Do lado vermelho, nomes como Van der Sar, Scholes, Tevez e Cristiano Ronaldo impunham tanto respeito quanto Cech, Terry, Lampard e Drogba o faziam do lado azul. As campanhas dos dois foram espetaculares, com o United chegando invicto até a final e o Chelsea perdendo apenas um jogo.

A partida em si foi daquelas que separa meninos de homens. Cristiano Ronaldo abriu o placar no primeiro tempo, mas Lampard empatou logo antes do intervalo. O segundo tempo foi de equilíbrio e teve chances para os dois lados, com direito a bola na trave chutada por Drogba, mas nada de gols. Na prorrogação as coisas voltaram a esquentar, primeiro com outra bola dos Blues na trave, dessa vez disparada por Lampard, depois com uma confusão generalizada (não poderia faltar né) que culminou com Drogba expulso. 1×1 placar final, hora dos pênaltis – debaixo de chuva torrencial.

Se Cristiano Ronaldo foi herói no tempo normal e fez gol, o mesmo não se pode dizer das penalidades. O português foi o único Red Devil a desperdiçar a cobrança, defendida por Petr Cech. Quando chegou a vez do capitão blue John Terry bater e ganhar o título, veio um dos escorregões mais famosos do futebol. Bola na trave e pra fora. Cobranças alternadas. Anderson e Giggs fizeram para o United, assim como Kalou para o Chelsea. Na cobrança final, o experiente Anelka caiu no jogo psicológico de Van der Sar e viu o holandês defender. Moscou era vermelha, dessa vez de um jeito diferente.

3. Chelsea 1×1 Bayern de Munique (4×3 nos pênaltis) – Munique, 2012

O Chelsea se redimiu na segunda disputa de pênaltis da sua segunda final de UEFA Champions League e saiu de Munique com o troféu debaixo do braço

Nossa medalha de bronze vai para uma final relativamente recente, ainda nesta década, e que viu o primeiro campeão inédito desde o Porto, em 2004. Estamos falando, claro, do primeiro e por enquanto único título do Chelsea, conquistado de maneira heroica contra o Bayern de Munique dentro da Allianz Arena, em 2012.

Essa é a única final na nossa lista que foi jogada no estádio de um dos finalistas – uma coincidência, claro, mas que não pode ser desconsiderada no fator pressão e torcida. O Bayern de Munique, que viria a ser a base da Seleção Alemã campeã do mundo dois anos depois, estava no auge da sua força (tanto que viria a ser campeão da Champions no ano seguinte, como já falamos) e contava com a nata da nata do futebol alemão no seu elenco – Neuer, Lahm, Boateng, Schweinsteiger, Toni Kroos, Thomas Müller, além dos não-alemães e não menos essenciais Ribéry e Robben.

Do lado do Chelsea, boa parte do time vice-campeão em 2008 ainda estava vestindo o azul, incluindo Petr Cech, John Terry, Ashley Cole, Frank Lampard, Didier Drogba e outros. Um time experiente, azedo de se enfrentar e merecidamente finalista depois de uma campanha dramática – quem vai se esquecer daquela semifinal contra o Barcelona?

A maior parte do jogo viu aquele 0x0 tenso e cheio de oportunidades perdidas, com grandes defesas dos dois goleiros e bolas perigosas passando perto do gol de ambos os lados. O primeiro tento veio já no fim, aos 38 do segundo tempo, quando Müller fez de cabeça. Muita gente se desesperaria logo aí, mas não o Chelsea. Os Blues não se deixaram abater e, aos 43, empataram também de cabeça, com Drogba.

Como desgraça pouca é bobagem, principalmente para coração de torcedor, a prorrogação viu o mesmo Drogba fazer pênalti em Ribery. Robben cobrou e…Peter Cech defendeu, para delírio do estádio. Tudo empatado, o Chelsea levou sua segunda decisão de Champions League da história para os pênaltis – de novo.

As coisas começaram mal quando Mata perdeu a primeira cobrança dos Blues e o Bayern marcou as três primeiras em sequência. David Luiz e Lampard converteram para o Chelsea, mas o jogo acabaria se Olić marcasse para o Bayern. Ele correu, bateu e…Cech pegou de novo.

Vez do Chelsea, e Ashley Cole deixou tudo igual. O pênalti final do Bayern estava nos pés de Schweinsteiger, que bateu e, pela terceira vez, viu Cech impedir o gol. Na cobrança final, o herói supremo Didier Drogba botou pra dentro e entrou de vez para a história do Chelsea, o primeiro time de Londres a faturar uma UEFA Champions League.

2. Manchester United 2×1 Bayern de Munique – Barcelona, 1999

O trabalho de Sir Alex Ferguson à frente do United tem muitos momentos de glória, mas poucos comparáveis a este.

Uma das finais mais famosas de todos os tempos e lembrada com mais carinho pelos torcedores do lado vencedor fica com a nossa medalha de prata. Como dizem os torcedores do Manchester United, “aquela noite em Barcelona” entrou para a história do time.

O adversário era o Bayern de Munique, que viria a ser tricampeão alemão, começando naquele ano – situação idêntica à do United na Inglaterra. Contra bávaros que incluíam Oliver Kahn e Lothar Matthäus, os comandados de Alex Ferguson se deram melhor, e de um jeito espetacular. Foi naquele dia no Camp Nou que Schmeichel, Gary Neville, Beckham, Andy Cole, Teddy Sheringham e Ole Gunnar Solskjær escreveram para sempre seus nomes na história Red Devil.

O Bayern de Munique saiu na frente logo aos 6 do primeiro tempo com Basler, de falta. O United passou o tempo todo pressionando, mas o Bayern se segurou e levava perigo nos contra-ataques. O jogo inteiro foi praticamente assim, com o Bayern ficando cada vez mais perigoso. Foi na metade final do segundo tempo que Sir Alex Ferguson mudou as páginas da história, colocando Sheringham e Solskjær em campo.

Solskjær quase empatou assim que entrou, mas Kahn defendeu. O Bayern, por sua vez, quase matou o jogo várias vezes, mas parou na trave e em Schmeichel. Já nos acréscimos, o goleiro do United subiu para a área adversário num escanteio e, na bagunça que se seguiu, viu Sheringham botar pra dentro do gol do time alemão. 1×1 aos 91.

A prorrogação já parecia certeira quando, num segundo escanteio logo em seguida, a bola sobrou na área para Solskjær – justo o “assassino com cara de bebê”. Para azar da torcida do Bayern, que já tinha até acendido sinalizadores comemorando a vitória, o “super-substituto” não perdeu e tirou o troféu da Bavária e levou para Manchester, onde não havia estado há mais de 30 anos.

1. Liverpool 3×3 Milan (3×2 nos pênaltis) – Istambul, 2005

Steven Gerrard pode não ter conseguido levantar a taça da Premier League, mas levantou a da Liga dos Campeões da Europa depois de um dos melhores jogos de futebol de todos os tempos.

Alguém tinha alguma dúvida de que esse jogo histórico na Turquia ganharia nosso primeiro lugar?

Liverpool x Milan em 2005 é aquele jogo que os bisnetos dos torcedores dos Reds vão saber que aconteceu em detalhes, e que ninguém que viu jamais vai se esquecer – embora os torcedores do Milan talvez prefiram. A revanche veio em 2007, é verdade, mas o que o Liverpool fez dois anos antes é algo difícil de se imaginar ser repetido em uma final de Liga dos Campeões outra vez.

Falar da qualidade dos times é chover no molhado, levando em conta que o Milan era aquele de Dida, Nesta, Maldini, Stam, Cafu, Seedorf, Pirlo, Gattuso, Kaká, Crespo e Shevchenko e o Liverpool contava “apenas” com Dudek, Finnan, Carragher, Hyypiä, Traoré, Xabi Alonso, Luís Garcia, Steven Gerrard, Riise, Kewell e Baroš. No banco do Milan, Carlo Ancelotti. No do Liverpool, Rafa Benítez.

Escalados os gigantes, vamos ao jogo. Apito inicial e gol do Milan! Maldini, após um minuto de jogo, mete um voleio na bola e faz o gol mais rápido de uma final de Champions League até o momento. O primeiro tempo foi totalmente do Milan, que fez ambos segundo e terceiro com Crespo, aos 38 e 44 da etapa inicial. Tudo encaminhado para os italianos.

O que parecia ser uma goleada inevitável, porém, só servia de combustível para o torcedor do Liverpool, que cantava “You’ll Never Walk Alone” a plenos pulmões nas arquibancadas. Era a motivação de que os Reds precisavam para começar a criar o que seria chamado para sempre de “Milagre de Istambul”.

O Liverpool voltou com tudo e, logo aos 9 minutos, diminuiu com o capitão Gerrard. Dois minutos depois os Reds fizeram o segundo com Smicer, que havia entrado no intervalo no lugar de Kewell. Aos 15 do segundo tempo, pênalti para o Liverpool. Xabi Alonso bate, Dida defende, mas, no rebote, o próprio espanhol bota pro gol. Tudo igual e nenhum átomo de nenhum torcedor dos dois times sem tremer até o núcleo.

O Milan acordou para a vida e foi pra cima, mas nada de gols. Apito final. Hora da prorrogação, na qual Shevchenko perdeu o gol da vida dele (ou Dudek fez a defesa da vida dele, você escolhe). Nada de gols. Pênaltis.

No duelo Dudek contra Dida, a estratégia do polonês deu mais certo. Numa época em que a arbitragem era bem menos rigorosa em relação a se adiantar, o goleiro do Liverpool viu Serginho chutar na lua e pegou o pênalti de Pirlo. Dida defendeu a cobrança de Riise, mas foi só o que o brasileiro pode fazer. A noite era do polonês.

Na cobrança que manteria o Milan vivo, Shevchenko fez seu segundo papelão da noite e mandou a bola no meio do gol, com pouca força, e Dudek rebatou com uma mão só. Era o fim do sonho europeu de um Milan estelar e o maior momento de glória do Liverpool desde 1990 até o próximo sábado (1) – será?

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