Brasil enfrenta algoz de 2011 e 2015 e busca não repetir vexames

Nas cinco edições da Copa América realizadas entre 1997 e 2007, o Brasil venceu quatro. Parecia que depois de 80 anos de pancada, tanto física quanto no placar, a seleção pentacampeã do mundo dominaria o continente. Mas as edições seguintes só trouxeram vexames e o Paraguai foi responsável por dois deles. Hoje, o Brasil tenta uma vingança.

As eliminações em 2011 e 2015 pelos nossos vizinhos do Oeste tiveram roteiros similares. Jogos feios com empate no tempo regulamentar, pênaltis e derrota. Na Copa América realizada na Argentina, a derrota foi ainda mais doida: o Brasil errou os dois pênaltis, com Elano e André Santos fazendo o pênalti do Baggio parecer um chute bem colocado que falhou por pouco.

Aliás, o Paraguai é um time indesejado por ser abençoado mesmo na ruindade. Nessa mesma Copa América do pênalti na lua do Elano, eles chegaram até a final sem vencer um mísero jogo. Em 2015 caiu nas semis. Coloca mais a Copa América de 2016 e a de 2019 e nos 18 jogos disputados eles só tiveram uma vitória. Contra a Jamaica.

O Brasil venceu mais nessas quatro edições. Mas foi eliminado nas quartas em 2011 e 2015, na fase de grupos em 2016 e agora aqui estamos.

O Brasil tem por onde construir. Depois do horroroso empate com a Venezuela, o time titular foi alterado, eu cornetei, Everton e Gabriel Jesus entraram e o jogo fluiu melhor. Você decide quais desses fatores é mais importante.

Tite não vai nem poder voltar à escalação que iniciou a competição porque Richarlison caiu com caxumba. O treinador também foi forçado a achar um substituto para Casemiro, lesionado. A opção foi por Allan, do Napoli. Seria Fernandinho, assim como ocorreu nas quartas de final da Copa, mas o veterano do Manchester City ainda não está 100%.

seleção brasileira everton
Everton virou um xodó e na Arena do Grêmio irá se sentir em casa

Depois do 5 a 0 não tem nem como pensar no resto do time mudando. Então já está tudo basicamente decidido: Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Marquinhos e Filipe Luis; Allan, Arthur, Philippe Coutinho; Everton, Gabriel Jesue e Roberto Firmino.

A seleção vai precisar da habilidade e abertura de campo de Jesus e Everton porque o Paraguai promete retranca. O treinador Eduardo Berizzo não definiu a equipe publicamente, mas ela deve vir sem Derlis Gonzalez, atacante do Santos. A opção é técnica, abrindo meias nas pontas (inclusive Oscar Romero, irmão gêmeo de Angel Romero (do Corinthians).

O Brasil é o grande favorito para o jogo, pagando 1,16 para 1 a vitória na Betfair. Já a do Paraguai paga 18 para 1. Para quem irá se classificar as odds são um pouco diferentes: 1,08 para o Brasil, 8 para o Paraguai.

Aliás o Paraguai é o que tem odds mais altas para vencer a competição, segundo a Betfair. Em outras palavras, é o maior azarão, mais até que a Venezuela, sempre considerada café com leite. A odd é 101 para 1, ou como eu gosto de chamar, você aposta 10 reais e ganha uma casa em Miami. Já o Brasil paga 2 para 1.

Mas não deixe de lado este possível cenário: jogo nervoso, Paraguai segura o empate no primeiro tempo, Brasil volta errando e torcida começa a ficar impaciente. Resumo: empate e vamos para a prorrogação. Se for para os pênaltis, como diria um certo narrador que nem sei porque estou evitando o nome, “haja coração”.

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