Copa América dá fôlego a Tite, coloca Neymar na parede e exige controle

brasil tite
O Brasil terá um grupo difícil, mas quatro avançam para o mata-mata

A Copa América do Brasil não vai ser lembrada pelo futebol brilhante ou o grande craque. Mas é claro que ela traz repercussões para todos os envolvidos e isso será sentido de agora até 2022, quando a Copa do Mundo do Catar acontece. Curioso? Vamos então a sete “resultados” que a competição que encerrou-se no domingo traz.

1 – Tite ganhou um balão de oxigênio

Todo o amor no pré-Copa foi embora na 10ª rolada no chão de Neymar e o nó tático sofrido contra a Bélgica. Depois de amistosos horríveis, o Brasil fez uma boa Copa América, apesar de não ter sido brilhante. E Tite basicamente está garantido até 2022, excetuando uma catástrofe. Aliás, na Betfair, o Brasil é favorito para o hexa em 2022, pagando 5,5 para 1. A França está em segundo com 6 para 1.

2 – Alisson ganhou a confiança

Quando Alisson foi colocado na posição de titular da Seleção, a explicação “apadrinhado de Taffarel” carregava grande peso. Mesmo sua ida multimilionária para o Liverpool não serviu para tranquilizar o povo, já que sua Copa do Mundo, se não foi ruim, não teve nenhum grande momento.

Depois de um gol na Copa América, o título da Champions pelo Liverpool e o consenso que ele está entre os melhores que existem na posição, não há dúvidas: Alisson é o goleiro titular da seleção.

3 – Neymar…

Os últimos meses para Neymar foram tenebrosos. Mais uma lesão, uma acusação grave e ainda não esclarecida, sua saída que ainda não foi decretada do PSG… e agora ver a seleção ter um grande momento com ele só vendo da arquibancada.

É claro que ele vai voltar como titular. Mas quem sai? E se os resultados não vierem, todos já sabem para onde apontar o erro.

4 – Messi não saiu mal

messi argentina
Em campo Messi não foi tão bem, mas ele pode ter se aproximado do torcedor argentino

Lionel Messi não fez uma grande Copa América, longe disso. Mas ele ter brigado, criticado o Brasil e a Conmebol e aceitado jogar por uma seleção que está se reconstruindo só pegou bem para ele junto com o povo argentino. Essa não é uma relação tão fácil, já que se na bola é óbvio que Messi é melhor do que Maradona foi, a idolatria dos argentinos nem se compara. Nesta Copa América a imagem do atual camisa 10 com os hermanos melhorou.

5 – Equilíbrio é maior na América do Sul

A distância das potências sul-americanas para as equipes um nível abaixo nunca foi tão pequena. O Brasil sofreu com o Peru e empatou com o Paraguai. A Argentina perdeu da Colômbia, empatou com o Paraguai e assustou o Brasil. O Uruguai empatou com a Venezuela. O Chile novamente mostrou força antes de ser péssimo nas semis. As eliminatórias prometem.

6 – Veteranos não podem ser solução

Quando a convocação de Tite trouxe Thiago Silva, Daniel Alves e Fernandinho, era óbvio que ele não estava pensando só no que irá formar para 2022 e sim no seu emprego. Não é porque deu certo na Copa América que podemos achar que Daniel Alves como principal armador do Brasil na Copa do Mundo em três anos dará certo.

7 – Já vimos este filme antes

É possível dizer que o Brasil está em uma das piores fases técnicas desde que viramos potência, mas isso não quer dizer que os títulos tenham sumido. Um ano antes do 7 a 1 nós fizemos 3 na Espanha para conquistar a Copa das Confederações, por exemplo.

O que não pode acontecer é empolgar com os resultados de competições secundárias e Copa América. Taticamente estamos atrasados em comparação com os grandes centros e não somos mais tão capazes de gerar talento que desequilibra. Há muito o que fazer e 2022 está logo ai.

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