Final da Copa América não é a dos sonhos, mas é o que temos para hoje

O Brasil era o grande favorito para a conquista da Copa América para as casas de apostas. O Peru não estava nem entre os cinco primeiros, enterrado atrás dos anfitriões, a Argentina, Uruguai, Colômbia e até o Chile. Depois de vencer os últimos por 3 a 0, quem vai dizer que eles não merecem estar no Maracanã às 17h do domingo?

Pode ser explicável, mas que não é muito legal, isso não é. O time de Paolo Guerrero passou atrás da Venezuela no grupo do Brasil e levou 5 da seleção de Tite. É legal criar uma história de redenção e dizer que o time melhorou ao longo da competição, mas isso é mais um desejo do que a realidade: continua sendo uma seleção sem muito brilho em uma Copa América sem muito brilho.

Final não parecerá com as semis

Brasil x Argentina foi um bom jogo, com Tite podendo fazer tudo que gosta. Um gol, recua, toma sufoco e espeta na boa tentando o segundo. Já o Peru entrou no 220v em um jogo que o Chile foi displicente de começo até o fim e ainda fechou com chave de … não vou falar a palavra. O pênalti de Vargas foi a cara da equipe na quarta-feira.

Bom, falando isso, poderíamos ter um crescimento natural para uma final épica certo?

Tudo depende do Peru

Guerrero é a grande esperança do Peru

Não ria, aluno da quinta série. A final da Copa América depende totalmente do Peru. A equipe de Ricardo Gareca não está abrindo mão de ficar com a bola e isso pode dar muito certo, como foi contra o Chile, ou muito errado, como contra o Brasil.

Dificilmente o Peru conseguirá por 90 minutos fazer o que a Venezuela fez, que foi formar duas linhas de quatro, tentar sair em velocidade e contar com uma boa atuação do goleiro.

Mas é difícil pensar que o time será kamikaze em um Maracanã cheio contra o Brasil. E o Peru, mesmo gostando de jogar com a bola, finalizou muito menos que os rivais, até que o Chile (18 a 8). É bom ter um Guerrero para compensar cada chance. Um gol do camisa 9 do Internacional paga 5 para 1.

O Brasil já conhecemos

Não adianta reclamar, o Brasil joga de forma “não-brasileira” há muito tempo e para Tite fazer 1 a 0 rapidamente e chamar o adversário é o seu sonho de uma noite de verão.

O Brasil conseguiu fazer isso contra a Argentina porque esta teve que sair e não jogar de forma covarde. Ela não podia fazer o mesmo que a Venezuela, obviamente. O Peru até poderia, mas não parece ser esse o estilo que Gareca quer mostrar.

A novidade no Brasil será Alex Sandro na lateral esquerda. O trio de ataque segue rápido e com trocas de posição em Everton, Firmino e Gabriel Jesus. As cotações para um gol a qualquer momento são de 1,9 para 1 do atacante do Manchester City, 2 para 1 do jogador do Liverpool e 3 para 1 do endiabrado atleta do Grêmio.

As odds são óbvias

O Brasil paga 1,13 para pagar o troféu e 1,26 para vencer no tempo regulamentar, 6 para um empate no fim dos 90 minutos e 10 para 1 a vitória do Peru. Todas odds da Betfair. Caso você acredite no tri peruano (1939 e 1975), com Guerrero, Cueva, Gallese e companhia limitada tornando-se herois nacionais, boa sorte. Lembre de meu nome para fazer uma doação simpática.

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