Semifinais definidas de uma Copa América horrível

Mauro Cezar Pereira já falou o que penso sobre a Copa América. O torneio disputado no Brasil está um horror só. Não tem uma seleção que jogue minimamente bem e nas quartas vimos três 0 a 0 depois de 270 minutos de jogo.

Isso é só mais uma prova de como os torneios de seleções estão sendo destruídos pelas confederações que as tocam e até a FIFA com a Copa do Mundo. Eurocopa com 24 seleções é absurdo, Copa América em anos seguidos é um saco e Copa do Mundo com 48 equipes e três sedes é diluir absurdamente um torneio sensacional.

Falando das quartas rapidamente, já que tivemos dois textos sobre isso, a eliminação do Uruguai foi uma pena, mesmo que a partida feita contra o Peru tenha sido muito ruim. Perder Suárez e Cavani na competição é um baque. Ter um Peru que levou 5 do Brasil e teve 0 chances reais de gol contra o Uruguai nas quartas é uma lástima. Mas esse é o futebol.

Agora continuamos com o que será o grande jogo da Copa América. Não dá para falar em final antecipada porque Brasil e Argentina não fizeram nada para justificar esse status. O Chile seria um bom rival para ambas. Mas é claro que com o peso do jogo e o fato de ser logo o Mineirão, local de uma trágica semifinal que não deve ser mencionada, só deixa tudo maior.

Iremos falar dos dois jogos em detalhes nos dias das partidas, por isso não vamos cair de cabeça agora e sim falar do plano mais geral.

O Brasil é o favorito para a conquista da competição, mantendo esse status desde o princípio, pagando 1,57 para 1 na Betfair. A Argentina, que começou o torneio em segundo na lista de favoritos para vencer e viu o Uruguai empatar em odds, agora está com o Chile no mesmo escalão, ambos pagando 4,5 para 1. O Peru paga 13 para 1.

chile comemora
O Chile fez por merecer sua vaga nas semis. Não durma no ponto com eles

A ascensão do Chile é justificada. Primeiro porque estamos falando da base que é a atual bicampeã da América e passou por uma péssima fase por uma série de fatores, inclusive uma dividida monstra de vestiário.

Nesta Copa América os comandados de Reinaldo Rueda venceram Catar e Equador por 4 a 0 e 2 a 1 e só perderam para o Uruguai no fim, usando alguns reservas. Nas quartas, frente a uma Colômbia que estava 100%, criou mais chances e colocou o VAR em ação, que anulou bem dois gols seus.

Ou seja, é uma equipe que fez bastante para estar aqui, enquanto o Peru não dá para afirmar muito isso.

Já Brasil e Argentina fazem um superclássico xoxo por causa das duas gerações que não parecem clicar em campo e apresentar o que rendem por seus clubes.

Messi é o exemplo máximo disso e já discutimos se o problema é ele ou sua seleção. Eu acho que é muito mais o segundo. Junto com ele, Dybala, Aguero, Otamendi e antes desta Copa, Higuain, Tevez, Mascherano e mais uma lista enorme decepcionaram com o escudo da AFA.

No Brasil é a mesma coisa. Temos brilhos momentâneos, como Everton jogando bem, mas o meio para a frente da seleção desde a primeira Era Dunga nós faz até romantizar o quadrado mágico, que não trouxe tudo que poderia.

Philippe Coutinho tornou-se uma sombra do que era no Liverpool e parece afundado até psicologicamente. Mesmo que Firmino e Gabriel Jesus não estejam mal, é duro ter que seguir uma dinastia de craques atrás de craques que começa até antes de Pelé e passa pelo Rei do Futebol, a geração de 82, Romário e Ronaldo e desde que Adriano se recusou a entrar nessa lista, estamos patinando.

Sim, não estou muito empolgado com a semana que resta de Copa América. Pelo menos teremos um Messi x Brasil, o suficiente para fazer pelo menos a televisão ser ligada. O Brasil é o favorito para vencer, pagando 1,8 para 1. A Argentina paga 5 para 1 na Betfair neste momento.

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