Enquanto na França rola a Copa do Mundo de Futebol Feminino, os homens também entram em campo para a competição masculina mais importante desde a Copa do Mundo de 2018: a Copa América, dessa vez sediada aqui no Brasil.
Como manda a tradição, quem abre os trabalhos é o time anfitrião. O jogo de abertura acontece no Morumbi, em São Paulo, às 21h30 de Brasília. A previsão é de que 21h10, ou seja, vinte minutos antes do jogo, aconteça a tradicional cerimônia de abertura.
A seguir vamos falar com calma sobre o que esperar da Seleção Brasileira para esse primeiro jogo, que é contra a Bolívia.
Um Brasil sem Neymar
Óbvio que não tem outro jeito de começar a falar sobre o jogo de logo mais sem citar quem não vai estar lá logo de cara: o atacante e camisa 10 Neymar Jr. (PSG). Cortado por conta de uma lesão no tornozelo direito ocorrida no penúltimo amistoso da Seleção, contra o Catar, o principal jogador do Brasil abriu um buraco difícil de ser preenchido por Tite.
A escolha do treinador brasileiro para substituir o craque, como todos sabemos, foi Willian, do Chelsea, jogador que viveu uma temporada bem apagada na Inglaterra, mas faz parte daquele famigerado “grupo de confiança” de Tite. Dá pra dizer, em resumo, que ver Tite chamar o ponta-direita de 30 anos não foi surpresa para ninguém, mas também não foi lá essas coisas no quesito aprovação.
De qualquer maneira, Willian dificilmente começaria jogando. O mais óbvio é esperar a mesma formação dos dois últimos amistosos, um 4-2-3-1 com um atleta sozinho no ataque e Richarlison (Everton), Philippe Coutinho (Barcelona) e David Neres (Ajax) fazendo a segunda linha ofensiva, logo atrás. Esse atacante foi Gabriel Jesus nos últimos jogos, mas a titularidade deve cair no colo de Roberto Firmino (Liverpool) para a partida de logo mais.
Outro desfalque importante no time brasileiro é o do volante Arthur, do Barcelona, que vinha sendo titular nos últimos jogos. Tite já disse que vai deixar o atleta no banco nessa partida contra os bolivianos. A vaga deve ser herdada por Allan (Napoli), mas não seria surpresa ver Fernandinho (Manchester City) compondo a dupla de volantes com Casemiro (Real Madrid).
Alisson (Liverpool), Daniel Alves (PSG), Marquinhos (PSG), Thiago Silva (PSG) e Filipe Luís (Atlético de Madrid) devem completar a formação do time brasileiro.
O que esperar do Brasil agora e depois
Todo mundo ainda lembra muito bem o que é receber um evento gigante do calendário esportivo mundial em casa e a responsabilidade que isso traz – além da pressão. Tite e a Seleção Brasileira estão bem cientes de que jogar na frente do próprio torcedor pode e deve ser um privilégio especial, mas também é um fato que aumenta demais o peso nos ombros dos envolvidos.
Com ou sem pressão, o Brasil é e sempre foi favorito contra a Seleção da Bolívia em qualquer jogo de futebol desse século e do passado. Com todo respeito aos nossos vizinhos, mas a Bolívia é reconhecidamente um dos piores times sul-americanos e uma vitória fácil não é nada além da obrigação da Seleção Brasileira.
O técnico boliviano Eduardo Villegas já declarou que sabe do favoritismo brasileiro e não esconde que a Bolívia deve fazer um jogo contido e respeitando muito o adversário, apostando provavelmente mais em eventuais contra-ataques e bolas alçadas na área do que em tentar manter a posse de bola e trabalhar o passe – afinal, a disparidade técnica entre as equipes é uma coisa óbvia antes mesmo de qualquer uma delas entrar em campo.
Encarar a Bolívia no Morumbi lotado deve ser um ótimo teste para o Brasil, mas todos precisam se lembrar que o real desafio está mais adiante. Num grupo relativamente fácil, o objetivo é se garantir com tranquilidade nas quartas de final, onde provavelmente os gigantes do continente estarão aguardando. O primeiro passo, portanto, é se impor, fazer gols e sair de São Paulo com os três pontos, independente de Neymar estar fora.