No último texto que escrevi cai na besteira de dizer que Espanha e Croácia teriam vida mais fácil que França e Uruguai no dia anterior.
Pois bem, os campeões em 2010 caíram e deixaram seu lado da chave completamente aberto para uma seleção inédita chegar à final da Copa. E ela pode ser a Croácia, que até passou pela Dinamarca, mas em um jogo de enorme carga dramática e pênaltis.
Na segunda-feira o Brasil jogou bem contra o México e não permitiu muitas chances para os rivais. Empolgou? Não, mas a Copa está nas suas mãos. Já a Bélgica quase pegou o avião de volta para Bruxelas. Não vou entregar tudo logo de cara, vamos aos tópicos.
Não está lindo, mas está bonito
O caminho rumo ao Hexa pode não terminar no destino desejado em 2018. Mas por enquanto o Brasil está fazendo tudo certo, crescendo jogo a jogo. O México foi o esperado, no sentido que não deu para planejar nada do que eles iriam fazer porque seu treinador, Juan Carlos Osorio, é o Professor Pardal personificado.
A equipe entrou ofensiva, como prometido, mas não aguentou esse ritmo por muito tempo já que a intensidade física foi enorme. Arriscando um pouco aqui na minha visão, acredito que Osorio queria tirar um gol dessa loucura toda e chamar o Brasil para seu campo. O problema é que Carlos Vela, Hirving Lozano e Chicharito Hernandez até tiveram a bola, mas não finalizaram.
E o Brasil estava chegando, com Willian e Neymar subindo de rendimento enquanto Philippe Coutinho, unanimidade na Copa até o momento, ficava bem marcado.
O goleiro Ochoa mais uma vez fez boas intervenções e foi a razão para o jogo ir empatado para o intervalo. Mas na volta dele, Neymar embaixo do gol após cruzamento de Willian e Roberto Firmino no fim empurrando para a rede fizeram 2 a 0.
O Brasil não está jogando o fino da bola. E o primeiro desafio contra uma seleção realmente com poderio ofensivo só vira nas quartas, o que preocupa, especialmente se os espaços nas laterais se mantiverem.
Mas no plano geral a defesa do Brasil está de parabéns, já que levou apenas um gol por enquanto. E o ataque está começando a ser mais envolvente, mesmo que Gabriel Jesus ainda não tenha conseguido atingir o nível necessário.
Quase a ótima geração belga dá vexame
Toda a perseguição à ótima geração belga é um pouco exagerada, já que o time não deu vexame e estamos realmente falando de um grupo de jogadores muito bons que vieram de um país minúsculo e sem tanta tradição.
Ontem, caso o time caísse para o Japão, a equipe mais fraca que passou para as oitavas, todas as críticas fariam sentido. Os nipônicos abriram 2 a 0 e poderiam ter feito mais, já que a defesa dos europeus estava beirando o nível varzeano.
O treinador então resolveu arrumar a bagunça que fez e colocou Chadli e Fellaini. A bola começou a passar mais por Hazard e Kevin De Bruyne, que estava jogando como primeiro volante basicamente, teve mais liberdade para avançar.
Vertonghen fez um gol de cabeça de cobertura no ângulo, algo que só de escrever é estranho, Fellaini usou sua estatura para empatar logo depois e no último lance, a Belgica aproveitou um lance completamente idiota.
Os japoneses, à beira de forçar a prorrogação, foram com tudo para o ataque para tentar marcar no escanteio. Mas a baixa estatura do time e o fato do goleiro Thibaut Courtois ter dois metros e ter dado início a toda ação de forma rápida, a partida inteira, fez o escanteio virar um contra-ataque de manual que Chadli só empurrou para a rede. 3 a 2 para a Bélgica, que evitou o vexame e ainda chega motivada para o incrível duelo contra o Brasil.
Os últimos classificados
Hoje teremos Suécia e Suíça e Colômbia e Inglaterra para saber quem serão os últimos classificados para as quartas de final. Do jeito que esta Copa está, sabe quando vou fazer um palpite de novo? Nunca.
Mas acho que Suécia passa e outro duelo será um dos melhores das oitavas.