O dia finalmente chegou! Depois de troca de cidade e de país, problemas que extrapolaram e muito o que rola dentro de campo e uma boa dose de ansiedade para todos os lados, é hora de conhecermos o mais novo (ou não) campeão da Copa Libertadores da América.
De um lado, o atual campeão River Plate defende seu título conquistado de maneira gloriosa sobre o arquirrival Boca Juniors em 2018. Do outro, o Flamengo tenta sair de uma fila de 38 anos sem conquistar a América, e chega com um dos melhores times sul-americanos dos últimos tempos.
A promessa de um jogo incrível está aí, e agora vamos analisar mais a fundo a temporada de cada um dos times, os elencos, o que esperar de cada lado e as odds em Betfair para a grande final!
A temporada do Flamengo no Brasil
Elogiar a temporada do Flamengo é chover no molhado, mas é necessário para analisarmos com calma e justiça como o Rubro-Negro carioca chegou tão longe e agora é não apenas finalista da Libertadores, mas também possível campeão brasileiro de 2019.
Não dá para falar do que foi o ano do Flamengo sem começar falando do investimento massivo e sem precedentes em grandes jogadores para compor o elenco. Logo de cara vieram Rodrigo Caio, Gabigol, De Arrascaeta e Bruno Henrique, quatro peças que se mostrariam essenciais para os campeonatos que o Urubu iria disputar. Na metade da temporada, como quem não quer nada, o clube ainda trouxe da Europa os brasileiros Gerson, Rafinha e Filipe Luís, além do espanhol Pablo Marí.
O ano começou com mais um título de Campeonato Carioca para a coleção do Mengão, que bateu o Vasco nas duas Taças e se sagrou campeão absoluto. Neste momento, porém, ainda comandado por Abel Braga, o Flamengo ainda não dava pistas de que viria uma temporada tão gloriosa como acabou vindo. Eliminado apenas da Copa do Brasil, que estava longe de ser uma prioridade, o time podia focar nas suas duas prioridades: Brasileirão e Libertadores.
No Campeonato Brasileiro, o Flamengo viveu um primeiro turno enroscado, principalmente nas 13 primeiras rodadas, quando teve sete vitórias, três empates e três derrotas – as únicas do Brasileirão até agora, aliás. Depois da pausa para a Copa América, já sob o comando de Jorge Jesus, as coisas começaram lentamente a mudar para os lados da Gávea, até o time se tornar a máquina de vencer e golear que é agora.
Sob a batuta do português, o Flamengo só viria a empatar quatro e perder um único jogo dos 25 jogos de Campeonato Brasileiro que disputou até agora – ou seja, 20 vitórias. No momento da sua última derrota, lá em agosto, o Flamengo já era 3º colocado. Foi preciso apenas mais três vitórias depois disso para o clube carioca deixar Palmeiras e Santos para trás e assumir a liderança do Brasileirão, de onde não saiu mais até agora. Com um ataque de inacreditáveis 75 gols em 34 jogos até agora, o Flamengo está com a mão na taça.
O Flamengo na Libertadores
Bem antes de ser o time a ser batido no Brasil, o Flamengo já estava envolvido e enrolado na Libertadores. Colocado num grupo azedo com San José e os tradicionalíssimos LDU e Peñarol, o time não teve vida fácil – longe disso.
Depois de vencer os dois primeiros jogos (San José fora de casa e LDU em casa), o Flamengo tropeçou no Maracanã, perdendo para o Peñarol, e percebeu que a brincadeira não ia ser assim tão fácil.
Após golear o San José por 6×1, dessa vez em casa, o time carioca foi derrotado pela LDU de virada, por 2×1, no Equador, e ficou em situação delicadíssima. Três times (Flamengo, LDU e Peñarol) ainda podiam se classificar, e tudo ficou para a rodada final, quando o Mengão tinha a missão ingrata de segurar o Peñarol dentro do Estádio Centenário de Montevidéu.
Ainda longe de ser o time vistoso de Jorge Jesus, o time brasileiro segurou os uruguaios no 0x0 e passou pelo saldo de gols – houve tríplice empate na classificação, com o Flamengo passando em primeiro e a LDU, depois de golear o San José heroicamente por 4×0, em segundo, roubando a vaga do Peñarol.
Já com o português comandando o time do banco, o Flamengo do mata-mata foi outro, bem diferente, bem mais agressivo e mostrando vontade de ganhar. O primeiro jogo, contra o Emelec, foi decidido nos pênaltis no Maracanã depois de cada lado vencer uma das partidas por 2×0.
Nas quartas, briga de cachorro grande contra o Internacional. Primeiro um 2×0 a favor do Flamengo no Rio de Janeiro, seguido por um empate em 1×1 no Beira-Rio, mais que suficiente para levar o time Rubro-Negro às semifinais, onde aguardava o também gaúcho Grêmio. Foi ali que houve a consagração final do Flamengo que, depois de empatar por 1×1 com o Tricolor no Sul, enfiou um 5×0 humilhante no Imortal e chegou com muita moral na final.
A temporada do River Plate na Argentina
O calendário de futebol argentino é diferente do brasileiro, por isso o campeonato dos hermanos está apenas começando, enquanto o nosso está acabando. Ainda assim, dá para ter uma noção do que está sendo a temporada do River Plate por lá.
Focado na Libertadores desde o comecinho do ano, os Milionários ocupam apenas a quarta posição da Superliga Argentina, mas são donos do melhor ataque, com 26 gols em 13 rodadas (ou seja, média de dois por jogo). Destaque para o atacante Santos Borré, aliás, vice artilheiro da competição com sete tentos.
Ao mesmo tempo em que se ocupa com o Campeonato Argentino e a Libertadores, o River Plate também chegou à final da Copa Argentina, na qual vai pegar o Central Córdoba, da segunda divisão, numa decisão que originalmente seria no dia 27 de novembro, mas muito possivelmente vai ser adiada por conta da Libertadores.
A verdade é que, diferente do Flamengo no Brasil, o River pode se dar ao luxo de não se preocupar com seu campeonato nacional no momento. O título argentino está longe de ser prioridade e, ainda assim, a diferença do River, quarto, para o líder Boca Juniors é de apenas um pontinho.
O River Plate na Libertadores
Todo mundo sabe que, quando o assunto é Libertadores, o buraco é mais embaixo para os cascudos clubes argentinos, e o River Plate é um dos mais copeiros e competitivos nesse assunto.
Na fase de grupos, os Milionários foram colocados no grupo com Internacional, Alianza Lima e Palestino, e conseguiram a proeza de empatar os três primeiros jogos contra eles. A reação só viria no segundo turno, que começou com vitória dos argentinos sobre o Alianza Lima em Buenos Aires, mas ainda não resolvia muita coisa.
A ótima vitória fora de casa sobre o Palestino por 2×0 deu respiro ao River, que só se garantiu pra valer nas oitavas depois de empatar, no último instante de jogo, com o Inter, dessa vez no Monumental de Núñez. O time de Buenos Aires estava vivo, pronto para defender seu título de campeão na fase de mata-mata.
As oitavas colocaram o clube frente a frente com o Cruzeiro, que foi batido nos pênaltis, dentro do Mineirão, depois de dois empates em 0x0. Nas quartas, o desafio seria contra o paraguaio Cerro Porteño, que não foi páreo para os argentinos e perdeu de 3×1 no agregado. Nas semis, a maior pedreira possível: o arquirrival Boca Juniors, sedento por vingança pela final do ano anterior.
Em dois jogos de nervos à flor da pele, catimba e grandes jogadas dignas do Superclássico, o River venceu no Monumental de Núñez por 2×0 e perdeu por 1×0 na Bombonera, resultado mais que o suficiente para chegar à final, e chegar com moral demais. O Flamengo, enfim, vai ter que desafiar o atual campeão se quiser levantar o caneco.
O que esperar dentro de campo
Tendo em vista tudo o que falamos sobre a temporada dos dois times, ninguém espera nada menos do que um jogo espetacular, digno das campanhas, história e peso de camisa de ambos. Fizemos uma lista com as maiores finais de Libertadores de todos os tempos, e não é exagero pensar que essa pode, muito bem, entrar no páreo.
Se os times seguirem o estilo de jogos que estão acostumados, a tendência é que seja uma partida muito aberta, com chances para os dois lados e bastante fluidez no meio-campo e nas laterais
As odds em Betfair mostram muito equilíbrio, mas o Flamengo é levemente favorito para o jogo em Lima, no Peru. O time brasileiro tem um ataque de dar medo, é preciso lembrar, e mesmo o River sendo também o artilheiro da liga argentina, não chega nem perto da eficiência flamenguista na frente do gol, que conta com os dois artilheiros do Brasileirão: Gabigol (22) e Bruno Henrique (18).
Falando apenas de tempo normal: se der River Plate, as odds em Betfair são de 3,7 para 1. Se o Flamengo ganhar, odds em 2,1 para 1. Se o jogo terminar o tempo regulamenta empatado, pagamento de 3,25 para 1. Agora, independente de se for nos 90 minutos ou depois disso, o Flamengo paga 1,57 para 1 se for campeão contra 2,25 para 1 do River Plate.