O ano de 2017 não foi muito bom para as equipes de Santa Catarina. Tirando a Chapecoense, que foi a história de superação da temporada passada, se recuperando da tragédia que matou grande parte de seu time e comissão técnica e inclusive ganhando o Campeonato Catarinense, Avaí e Figueirense tiveram anos ruins. E agora querem começar 2018 com o pé direito.

Por isso os estaduais ainda têm sua graça e o Campeonato Catarinense começa com várias histórias interessantes de serem acompanhadas. E apesar de não ser um estado com o tamanho de São Paulo, Minas Gerais ou Rio Grande do Sul, sua quantidade de times que dominam o futebol é maior que o de todos esses.

Começando pela Chape. Apenas cinco meses depois da queda do avião da Lamia, o time de Chapecó montou um elenco às pressas e venceu a competição. Além disso, fez bom papel no Campeonato Brasileiro, onde muitos pensavam que o time apenas tentaria não cair mas acabou conseguindo uma vaga para as fases iniciais da Libertadores.

Campeã também em 2016 e com seis títulos no total, o time do interior catarinense  pode começar a cortar sua vantagem para os grandes vencedores do Campeonato Catarinense – Figueirense tem 17 títulos e o Avaí 16. O rival nesta quarta-feira (17) é o Concórdia. O time manteve sua base e ainda trouxe Márcio Araujo, criticado no Flamengo mas que pode fazer sua função de cão de guarda no meio-campo e Rafael Thyere, ex-Grêmio.

Já o Avaí busca esquecer sua campanha no Campeonato Brasileiro de 2017, que terminou com o rebaixamento para a série B. Curiosamente, as coisas não mudaram tanto na Ressacada, com o treinador Claudinei Oliveira sendo mantido para tentar apagar a imagem ruim do fim da temporada passada. Oliveira pode assim continuar com seu bom trabalho, que mesmo não tendo evitado o rebaixamento, deixou o torcedor com boa impressão. Assim o time estreia como um dos favoritos, viajando para pegar o Inter de Lages.

Outro time que optou pela continuidade foi o arquirrival estadual e também de Florianópolis, o Figueirense. O time manteve Milton Cruz, que foi o último treinador na decepcionante campanha do time na Série B. Após jogar a série A, o Figueira era um dos favoritos para retornar ao grande palco, mas só não conseguiu isso como ainda flertou com o rebaixamento.

E isso foi apenas a continuidade depois de um Campeonato Catarinense muito fraco, sendo o time de pior campanha no segundo turno da competição. Ou seja, o maior vencedor estadual precisa acertar a casa e começar pelo Catarinense é uma ótima. O rival na estreia é o Criciuma, outra grande força estadual nas últimas décadas e também com relevância no cenário nacional. O último título do time foi em 2013, sua décima conquista, ficando atrás dos dois times da capital e o Joinville.

O Joinville, conhecido também como JEC, não tem no Catarinense sua principal preocupação do ano. Depois do time disputar a série A em 2015, o time está agora na Série C e precisa se reestruturar. É improvável que o time se inspire nas equipes que fez o time ser octa seguido entre 1978 e 1985, mas ganhar do grande rival Criciuma no clássico do interior e fazer boa campanha já está bom. O que importa mesmo é voltar para a série B.

Com os dois times da capital – Avaí e Figueirense – investindo em continuidade e a Chapecoense na beira de uma hegemonia estadual, tanto com as duas conquistas no Campeonato Catarinense e a permanência na Série A, a competição tem seus favoritos claros. Mas com Joinville e Criciuma sempre complicando no interior, o torneio pode ter mais surpresas que o planejado.

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