O futebol brasileiro não está na melhor fase, todos vão concordar. Mas pelo menos neste domingão, conseguimos dois belos resultados e com bom futebol. Tudo bem, não foi contra duas potências, mas o ataque mostrou poderio contra as seleções da América Central, enquanto as defesas permaneceram zeradas.
Vamos então aos desempenhos das seleções.
Feminina começa bem após muita desconfiança
Apesar da presença das eternas Marta, Cristiane e Formiga, a seleção brasileira feminina não estava jogando bem. Pelo menos na estreia da Copa do Mundo, há razão para maior empolgação para o time de Vadão.
Eu disse presença de Marta, mas pelo menos na estreia ela só assistiu. Coube a Cristiane ser a protagonista e ela mostrou o faro de artilheira mais uma vez: um gol de cabeça no canto, um aproveitando erro da goleira e um lindo gol de falta.
Apesar de alguns sustos, a goleira Barbara não sofreu tanto na partida e isso mostra algo bastante importante. Se em todas as estreias de Copa do Mundo (desde 1991) o Brasil tinha vencido, nos últimos 10 jogos antes do Mundial o time tinha perdido nove. Por isso a expectativa não era boa.
A seleção segue não sendo uma das favoritas para a conquista, sendo a nona em odds na Betfair, pagando 21 para 1. Mas o time agora é o favorito para vencer o grupo C, pagando 1,66 para 1.
Agora vamos ver quando Marta volta e se Cristiane consegue manter esse ritmo goleador. Ela paga 5,5 para 1 a Betfair para terminar como artilheira da competição.
O desafio da Jamaica era o mais simples em um grupo com Itália (que venceu a Austrália por 2 a 1) e a seleção da Oceania, rival da quinta-feira às 13h. Vamos ver se a seleção está pronta para esse grande desafio.
Brasil dá bons sinais antes da Copa América
Depois de toda a questão Neymar e seu corte por lesão – Willian foi o escolhido para substituir – a seleção masculina pode pensar finalmente na Copa América. A última conquista foi em 2007, com Dunga em sua primeira passagem.
O Brasil é favorito, pagando 2,3 para 1 na Betfair. E finalmente começou a jogar futebol para justificar esse status, fazendo 7 a 0 em Honduras.
As duvidas que existiam no ataque começam a se dissipar: David Neres deve entrar no lugar de Neymar e o comando do ataque deve ficar com Roberto Firmino. Gabriel Jesus, apesar de estar marcando, provavelmente iniciará no banco.
Philippe Coutinho, que teve uma temporada europeia bastante abaixo, mostrou ser um líder técnico, com Arthur fazendo o trabalho de motorzinho do meio de campo. Richarlison mostrou que sabe aliar força e habilidade e com Daniel Alves e Filipe Luis o time tem saída pelos lados.
Perder Neymar não é uma boa, mas é inegável que ele tenta muitas vezes fazer a mais e colocar aquela enfeitada. Sem ele o time pode ser mais rápido e revezar momentos de brilhantismo entre vários jogadores de frente. O Brasil perde em capacidade de decisão, mas pode ganhar no coletivo.
Isso é algo que a Argentina não consegue, por exemplo. Já o Uruguai, pagando 7 para 1 na conquista, pode ser um rival à altura. Suarez passou por artroscopia e está nos estágios finais de sua volta aos campos. Olho nele. E na sua dentição.