Seleção Brasileira começa ciclo para 2022 com algumas novidades e erros repetidos

Neymar Brasil

Dois meses e um dia depois da derrota para a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo, o Brasil volta a entrar em campo. Assim como após as Copas de 2010 e 2014, o local escolhido para começar um novo ciclo foi os Estados Unidos.

Os pentacampeões do mundo começam a preparação para a Copa de 2022, que será disputada no Catar, com algumas mudanças, alguns erros que se repetem e coisas fora do padrão. Vamos começar por uma dessas diferenças em relação a outras eras.

O treinador é o mesmo: Tite

A Copa do Mundo de 2010 derrubou o teimoso Dunga e trouxe Mano Menezes. Após a Copa de 2014 era impossível a volta de Felipão, com Dunga sendo escolhido de forma bizarra e surpreendente e não demorando muito no cargo em sua segunda passagem.

Tite terminou a Copa do Mundo sem apanhar muito, algo que nunca aconteceu no Brasil para treinadores que não venceram a Copa. E por ter pegado uma seleção em frangalhos e ido bem até a Copa, ganhou nova chance. A falta de talentos nacionais para a posição também pesou.

Só que ele já começou mal: Neymar capitão

É só de futebol que estamos falando, então mesmo que ele seja sua paixão inigualável, “cobrar explicações” por ter perdido um jogo é um pouco patético. Mas sabe o que é completamente patético? Ser o camisa 10 e referência de uma seleção, fazer uma Copa ruim, virar chacota mundial e não chegar de cara lavada, admitir erros e tentar aprender com eles.

Não precisa chorar e agir como se tivesse perdido uma guerra, mas é interessante mostrar que você pelo menos se importa e ouve o que todos estão gritando.

As coletivas de Neymar são sempre um show de palavras vazias, declarações rasas e nada a acrescentar. Não foi diferente na quinta-feira, quando ele e Tite basicamente descredenciaram as críticas como inveja de terceiros e injustiças porque o nosso menino já sofre o suficiente. Neymar não merecia ser capitão e isso é óbvio. Não para Tite, que mais parece um assistente social com dó do que um treinador de futebol.

Novas caras na Seleção Brasileira

Coutinho Arthur Barcelona
Arthur irá ganhar espaço neste novo ciclo até 2022. Ele pode mostrar seu entrosamento com Philippe Coutinho

A Copa do Mundo de 2018 não foi uma criadora de algozes como aconteceu em outras Copas, com Zé Carlos em 1998, Felipe Melo em 2010 ou Hulk, Bernard e cia limitada em 2014. Por isso é normal que muita gente retorne a vestir a amarelinha, até quem terá idade avançada em 2022, como Thiago Silva.

Mas a necessidade de renovação é clara e Tite olhou para o futebol brasileiro, levando Everton (Grêmio), Lucas Paquetá (Flamengo) e Dedé (Cruzeiro), mesmo que a hora tenha sido péssima, já que eles perdem jogos importantes de seus times.

Jogando fora e que também chegam na seleção estão Richarlison (Everton), Éder Militão (Porto) e Arthur, ex-Grêmio e agora no Barcelona e o que deve ter maior protagonismo de todos esses citados.

É justo que nesses amistosos esses testes sejam feitos, mas seria interessante que Tite pensasse em como ele está tirando esses jogadores de momentos vitais das temporadas de seus clubes. E isso para jogar amistosos contra Estados Unidos e El Salvador.

Aqui a culpa recai sobre a CBF também, que não consegue abrir o calendário de um computador e não marcar jogos em datas da Seleção Brasileira.

A escalação para o jogo contra os Estados Unidos

Ao que tudo indica Fred e Fabinho vão ganhar uma chance no time titular. Os dois jogam no futebol inglês a partir desta temporada (United e Liverpool, respectivamente), chegando com movimentações milionárias, e vão ganhar sua chance de mostrar se tem o necessário para vestir a amarelinha. Palmas para Tite por testar eles.

Porém já que Paquetá, Everton e Dedé foram tirados de seus clubes para um período de preparação sem tanta importância, é obrigatório que eles ganhem minutos em campo, e não só uma entrada aos 30 do segundo tempo em um jogo morno.

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