E mais uma vez teremos clássico na final do Campeonato Paulista. Assim como em 2018, os arquirrivais Palmeiras e Corinthians se encaram no duelo definitivo do estadual e, assim como na ocasião, os ânimos estão acirrados desde já.
Ambos venceram seus jogos neste domingo (2) contra os azarões do interior que eliminaram os gigantes São Paulo e Santos e farão uma final em dois jogos da qual falaremos com calma depois, incluindo as devidas odds em Betfair. Agora, porém, vamos dar uma olhada em como o Timão bateu o Mirassol e o Verdão derrotou a Ponte Preta.
Corinthians vence sem jogar bonito
Mesmo o mais entusiasmado e fanático corintiano vai concordar que a performance contra o Mirassol foi, no máximo, decente. Diferente do que se viu contra o RB Bragantino, melhor jogo do Corinthians desde a retomada do futebol, o duelo deste domingo em Itaquera foi morno e, em vários momentos, chato mesmo.
O primeiro tempo foi morno, com apenas uma falta perigosa do Mirassol, defendida pelo goleiro Cássio, e uma bola na trave do Timão, além de uma furada de Jô na pequena área que poderia ter aberto o placar. O jogo foi decidido mesmo, porém, nos 45 minutos finais.
Com 13 minutos jogados no segundo tempo, a grande polêmica do jogo: falta de Juninho, do Mirassol, em Carlos Augusto, do Corinthians. O VAR revisou o lance e o juiz expulsou diretamente o camisa 10 do time do interior.
Com muita gente discordando da decisão, certamente será pano pra manga para uns dias – principalmente porque o Corinthians fez seu gol menos de 10 minutos depois, em chute de fora da área de Éderson e que o goleirão Kewin aceitou de bom grado.
Com um homem a menos, o Mirassol até tentou criar alguma coisa e quase empatou no último instante numa lambança da zaga corintiana, mas a verdade é que o Timão esteve mais próximo de ampliar do que de levar um gol. Mesmo sem jogar bonito, Corinthians na final de novo.
Palmeiras perde muitas chances mas vence
Se o Corinthians fez um jogo mediano contra um bem mediano Mirassol, o Palmeiras não pode se gabar muito do que foi seu confronto com a Ponte Preta, que havia eliminado o Santos nas quartas e, antes disso, quase estava sendo rebaixada no seu grupo.
O Palmeiras era óbvio favorito, mas, sabendo o que a Macaca tinha feito, entrou em campo no Allianz Parque com o sinal de alerta ligado. O que se viu, porém, foi um festival de chances perdidas do Verdão, algumas parando no excepcional goleiro Ivan, da Ponte, outras por falta de pontaria.
A Ponte Preta até tentou sair pro jogo, mas ficou claro que o elenco do clube de Campinas era limitado em relação ao adversário e que o gol só sairia se aproveitasse os erros do Palmeiras, especialmente na saída de bola, coisa que a Macaca tentou, mas sem converter.
O único gol do jogo saiu no finzinho do primeiro tempo, quando um desvio maroto na zaga matou o goleirão pontepretano no chute do jovem Patrick de Paula. Ao lado de Gabriel Menino, os dois jovens foram os grandes destaques da partida.
O segundo tempo passou com o Palmeiras perdendo mais uma penca de oportunidades e com a Ponte esboçando um esforço de jogar no contra-ataque, mas as poucas chances da Macaca pararam em Weverton. Com o apito final, o Palmeiras passou a pensar exclusivamente no Corinthians.
Corinthians pode ser tetra; Palmeiras é favorito
Parece que entra ano, sai ano e o Corinthians é classificado como azarão ou “quarta força” no Paulista, e eis aí o Timão na sua quarta final consecutiva – com três títulos seguidos. O tetra, se vier, vai ser um feito histórico, algo que não acontece desde a era amadora, em 1910.
O Palmeiras, por sua vez, tem qualidade de sobra, mas sabe que o mínimo tropeço diante do arquirrival pode custar caro. Não fosse assim, o Verdão teria eliminado o Timão na penúltima rodada da fase de grupos, mas acabou perdendo por 1×0.
A final será em dois jogos, com o primeiro na Arena Corinthians e o segundo, decisivo, no Allianz Parque. O possível tetracampeonato corintiano motiva tanto o lado alvinegro, que sonha com o feito, como também bota sangue nos olhos dos palmeirenses. Além de jogar água no chope do rival, seria a primeira conquista estadual do Palmeiras desde 2008, uma fila que incomoda demais.