Começa a Liga das Nações 2020-21

Sem muito alarde para nós brasileiros, a UEFA deu o pontapé inicial na temporada 2020-21 da Liga das Nações, uma competição ainda relativamente nova e que, vamos combinar, é difícil de entender tanto as regras quanto a serventia.

Em teoria, o propósito da Liga é servir como parte de ambas as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 e da Euro 2020, mas na prática muitos enxergam como uma tentativa do órgão europeu de ver suas federações afiliadas fazendo menos amistosos e mais jogos com algum valor.

Entre os dias 4 e 8 de setembro vimos as duas primeiras rodadas da Liga das Nações, que vai se estender até o fim de 2021, e vamos falar um pouco sobre o que rolou e o que isso significa para o futebol do Velho Continente.

Formato e disputa

Virtualmente todos os países europeus com uma federação de futebol participam da Liga das Nações, que é dividida em quatro grandes grupos (A, B, C e D) e estes subdivididos em grupos menores. A competição funciona como níveis simultâneos, idênticos a um campeonato comum com divisões.

Pelas regras de 2020-21, só disputam o título os times do Grupo A, compostos pelos que tiveram a melhor colocação na temporada anterior.

Os piores times de cada subgrupo (4 no A, 4 no B e 4 no C) caem de suas respectivas divisões, enquanto que os sete times no Grupo D, os mais fracos do continente, não tendo para onde cair, só podem subir (os dois primeiros). Os piores do Grupo C disputam um play-off de rebaixamento, já que só há duas vagas de descenso.

Italianos e belgas dando as caras

Não faltou bola rolando na última semana entre as seleções europeias, o que é perfeitamente justificado se lembrarmos que a maioria dos campeonatos nacionais já começaram no próximo final de semana – alguns, como a Ligue 1 francesa, já começaram até.

Sendo o Grupo A aquele que conta com as maiores seleções, naturalmente que é aqui que estão os jogos mais interessantes. Países tradicionalíssimos do futebol, como Itália, França, Inglaterra, Alemanha e Espanha estão todos aqui, alguns até mesmo jogando uns contra os outros.

Pelo Grupo A-1, a Itália assumiu a liderança após empatar com a Bósnia e vencer a Holanda, enquanto que a Laranja Mecânica segue em segundo após começar vencendo a Polônia de Lewandowski antes de perder para a Squadra Azzurra.

Já no Grupo A-2, quem tem dado as cartas é a Bélgica, que venceu seus dois jogos somando sete gols entre eles e deixou seus complicados rivais de grupo para trás: Inglaterra, Dinamarca e Islândia. Os belgas amassaram dinamarqueses e islandeses nas primeiras rodadas. Já os ingleses seguem em segundo após vencerem a Islândia mas ficarem só num empate sem gols com a Dinamarca.

Cristiano Ronaldo quebrando recordes, Alemanha decepcionando

É bem provável que, ainda em 2020, Cristiano Ronaldo se torne o maior artilheiro de um país em todos os tempos

A temporada de Cristiano Ronaldo acabou bem frustrada, tirando o “consolo” que é o título da Série A TIM com a Juventus. Sua atenção, porém, se voltou para sua seleção nacional, e foi com a camisa vermelha de Portugal que o astro deu show nos últimos dias.

Portugal está num grupo particularmente azedo, o A-3, junto com as atuais campeã e vice da Copa do Mundo, França e Croácia. Ainda assim, os gajos atropelaram os croatas por 4×1 e venceram a também tradicional Suécia por 2×0. A França também venceu seus dois jogos e está empatada na liderança.

Cristiano Ronaldo foi responsável pela quebra de um novo recorde: se tornou o primeiro europeu a ultrapassar a barreira de 100 gols marcados por seu país. O recorde mundial pertence ao iraniano Ali Daei, que tem 109, mas CR7 ainda tem tempo e fôlego para extrapolar essa marca ainda em 2020 e, muito provavelmente, estabelecer o novo recorde a ser quebrado.

Para terminar, vale falar da performance da Alemanha, que tem sido, na melhor das hipóteses, decepcionante. Os alemães estão apenas em terceiro no grupo D, que tem na liderança a Espanha e como vice a Ucrânia. A Alemanha empatou com ambos, sempre saindo na frente e tomando um empate – no jogo contra a Espanha, aliás, esse empate veio aos 90+5. Cruel.

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