Entra e sai janela de transferência, a eterna novelinha entre Neymar e Paris Saint-Germain parece ser reacendida. Pois bem, mais um janeiro chegou ao fim e, com ele, o período de negociação na Europa, e o brasileiro mais uma vez permaneceu em Paris.
Isso significa algumas coisas: primeiro, que o jogador vai, obviamente, terminar a temporada no clube. Segundo, que ele vai poder jogar toda a fase mata-mata da UEFA Champions League, numa temporada que, ao que tudo indica, o PSG (finalmente) pode ser considerado um dos favoritos.
Vamos falar sobre isso e muito mais a seguir.
As temporadas de Neymar no PSG
Estamos vendo a terceira temporada de Neymar em Paris, após trocar o Barcelona pelo Paris Saint-Germain. A primeira, 2017-18 foi de relativo sucesso, com títulos a rodo (Campeonato Francês, Copa da França e Copa da Liga Francesa), mas um pouco ofuscado por Cavani, artilheiro isolado, além da eliminação precoce da Champions (oitavas de final).
Veio 2018-19, que sucedeu a Copa do Mundo da Rússia, e o desempenho do atacante caiu notavelmente, muito por conta das lesões que sempre assombraram o atleta brasileiro. Foram apenas 17 aparições na Ligue 1 – na temporada atual já foram 14, para efeitos comparativos.
Muito bem, a temporada atual. Lembramos bem que a torcida do PSG não queria saber de amorzinho para com Menino Ney, com direito aos ultras estendendo faixas ofensivas, cânticos nada gentis e muitas vaias, certo? As coisas agora estão um pouco mais light, e o jogador tem aparecido com regularidade, marcado seus gols e dado assistências. Em Betfair, nenhum time é considerado candidato ao título além do PSG, com odds a patéticos 1,005 para 1 se for campeão.
O fantasma das lesões, porém, não deixa o camisa 10 em paz nunca, e o tirou dos últimos três compromissos do time. Além do mais, o técnico Thomas Tuchel não deu nenhuma garantia de que Neymar vai entrar em campo contra o Borussia Dortmund pelas oitavas da Champions League, no dia 18 – e muito menos no compromisso do fim de semana, contra o Amiens.
As chances na UEFA Champions League
Milionário já há uns bons anos, o PSG sofreu o que todos os novos-ricos sofrem: falta de sucesso no campeonato continental, ao menos no começo. Foi assim notavelmente com o Manchester City e está sendo também com o clube parisiense, que nunca passou das quartas de final nesta década.
Agora em 2019-20, porém, as coisas parecem estar diferentes. Tendo caído no mesmo grupo que o Real Madrid, o PSG conseguiu ficar em primeiro com tranquilidade, sem perder um jogo sequer (cinco vitórias e um empate).
No sorteio para a fase seguinte, veio o Borussia Dortmund, que enfrenta os franceses tendo que decidir fora de casa. O Dortmund até vai bem no Alemão, mas está longe de fazer campanha segura como a do Paris Saint-Germain na França, onde não apenas é líder absoluto, mas tem o segundo melhor ataque da Europa, atrás apenas do Manchester City na Premier League.
A verdade é que, numa temporada em que muitos dos gigantes estão tropeçando em seus campeonatos nacionais e fazendo campanhas abaixo do esperado, o PSG desponta como, quem sabe, aquele que pode desbancar o melhor time do mundo, que é o Liverpool, e Neymar, com seu talento individual tão precioso, seria essencial para o time chegar lá.
Messi: “Quero Neymar”
Do alto dos seus 32 anos de idade plenamente vitoriosos, Lionel Messi ganhou o direito de, de vez em quando, deixar a humildade e as meias palavras de lado. Foi isso que o craque argentino fez recentemente, segundo um jornal espanhol, pedindo expressamente o retorno de Neymar para o Barcelona.
A verdade é que o argentino está entrando em fase final de carreira, e seria um prazer especial se ver reunido com o brasileiro no Barça, onde foram plenamente vitoriosos, mas talvez ainda não tanto quanto poderiam ter sido. Luís Suárez é ainda mais velho que os dois, e contar com Ney para temporadas finais ao lado dele e de Griezmann seria fantástico para Messi e para o clube.
Que o Barcelona tentou a contratação de Neymar em 2019 todos sabemos, agora é ver se os catalães vão repetir a oferta quando a janela se reabrir, em agosto de 2020, se a torcida aceitaria de bom grado o retorno de um baita jogador, mas que saiu queimado em meio a polêmicas e, ainda, de quem o time vai ter que desfazer para juntar dinheiro para comprar o astro brasileiro.