Nossos especiais seguem firme enquanto as coisas continuam (corretamente) paradas no futebol e no mundo. Já falamos sobre os melhore atacantes e também sobre os melhores zagueiros da atualidade, e hoje é a vez dos volantes!
Essa posição de campo é especialmente difícil de eleger grandes atletas, porque eles não são heróis defendendo gols, os grandes artilheiros dos times ou mesmo gênios das assistências – ao menos em termos geral. A seguir, então, nosso top 10! Fique à vontade para comentar e criticar nos comentários.
10. Axel Witsel (Borussia Dortmund)
A última posição do top 10 é sempre a mais difícil de decidir, porque geralmente é o nome que roubou a vaga de outros possíveis candidatos. No caso, optamos por Witsel, do Borussia Dortmund, porque a fase de Pogba é para esquecer e jogadores como Kroos, Pjanic e outros ficaram de fora por não serem exatamente volantes de origem.
Nosso décimo colocado já é um veterano de 31 anos e esteve em campo pela Bélgica quando o Brasil foi eliminado na última Copa do Mundo. Witsel não é nenhum craque, mas faz seus gols e é essencial no meio-campo aurinegro.
Titular da Seleção Belga também, o atleta se provou daqueles seguros, confiáveis e com boa saída de bola, além de saber marcar. Um volante clássico e de qualidade.
9. Sergio Busquets (Barcelona)
Falando em veteranos, os dias de Sergio Busquets como “garoto” do Barcelona já ficaram para trás, mas o agora veterano do time catalão segue firme na titularidade do time. A forma pode ser não ser a mesma, mas a inteligência do jogador continua afiada e é um grande diferencial.
Jogador do Barça desde os seus 19 anos, ainda no time B, Busquets criou uma identificação forte demais com a torcida – e de quebra ainda defende a Seleção Catalã quando é chamado.
Talvez o tempo já esteja dando sinais de afetar o jogador, mas ele continua essencial na volância do time, tendo uma leitura de jogo invejável, qualidade de passe e consistência na posse de bola.
8. Rodri (Manchester City)
Vamos a mais um espanhol na nossa lista: Rodri, do Manchester City! Formado nas bases do Atlético de Madrid, por onde também jogou profissionalmente (depois de passar pelo Villarreal).
O atleta de 23 anos está em plena ascensão e chegando no melhor da sua forma, tanto que trocou La Liga, onde era titular indiscutível dos Colchoneros por uma vaga no concorridíssimo City de Pep Guardiola, que pagou valor recorde pelo jogador.
A temporada incompleta de 2019-20 foi de sucesso para Rodri, que se firmou entre os titulares do City e já fez quatro gols em poucos meses, mesmo não sendo jogador de área. Quando todo o caos da pandemia acabar, ele pode se firmar como um dos melhores do mundo sem dificuldade.
7. Thomas Partey (Atlético de Madrid)
Conhecido apenas como Thomas, o jogador do Atlético de Madrid é cria da base do clube, mas demorou alguns anos para conseguir sua chance no time titular. Depois que se fixou como principal volante Colchonero, porém, entrou no rol dos melhores do mundo.
Desde a estreia no time principal do Atlético, em 2015, Thomas acumulou mais de 150 jogos com o clube, além de estar sendo convocado consistentemente para a Seleção de Gana desde 2016. Esteve em campo quando o Atleti tirou o Liverpool da Champions e voou.
Forte e dominador na frente da zaga, é um típico jogador que impõe respeito na distribuição de jogo e sabe intimidar os meias e atacantes adversários. Desarme também é um dos pontos fortes do ganês que, aos 26 anos, vê o auge da carreira se aproximando rápido.
6. Joshua Kimmich (Bayern de Munique)
Até agora falamos de jogadores até conhecidos, mas não necessariamente já consagrados (tirando Busquets). O último dessa categoria talvez seja Kimmich, do Bayern de Munique e uma das promessas de renovação da Seleção Alemã.
Falando em Seleção, o atleta foi um dos poucos a não ser crucificado pelo desempenho patético dos germânicos na Copa de 2018, e o desempenho do jogador na Bundesliga e na UEFA Champions League com os Bávaros melhora a cada temporada – tanto que ele botou Javi Martínez no banco.
O jogador é peça essencial do Bayern atual e, aos 25 anos, estava jogando o fino da bola com seu time quando a Bundesliga foi interrompida. A probabilidade é que ele termine o ano com seu quinto título de campeão alemão. Alguns jornalistas chamam o jogador de “Canivete Suíço”, devido à sua versatilidade, e isso dá uma boa ideia da qualidade do atleta.
5. Fernandinho (Manchester City)
Chegamos ao nome mais velho da nossa lista, mas que ainda pega o top 5 mesmo estando em fina de carreira: o brasileiro Fernandinho, do Manchester City.
Até a chegada do já citado Rodri, o jogador de 34 anos reinava absoluto como volante do clube, e continua dando show em campo toda vez que entra. Aliás, por conta da idade e do nível de jogo que mantém é que o veterano pega uma posição tão alta na nossa lista.
Prestes a completar 35 anos, Fernandinho poderia ser perfeitamente considerado o melhor do mundo na sua posição até uns anos atrás. Ele é aquilo que os ingleses gostam de chamar de “box to box player”, ou seja, um cara que joga na defesa e no ataque com a mesma eficiência.
O jogador pode estar na reta final de carreira, mas sua inteligência, energia, visão de jogo e qualidade técnica como um todo mantém ele no nível mais alto entre os astros.
4. Georginio Wijnaldum (Liverpool)
Ninguém vai se esquecer tão cedo o Liverpool de 2019 e 2020 e seus grandes nomes, como Alexander-Arnold, Salah, Mané e outros. Um que às vezes passa batido, porém, e continua peça essencial no meio-campo dos Reds é Wijnaldum.
Talvez o grande momento do volante, que se tornou parte indissociável do meio-campo glorioso com Fabinho e Henderson seja o já lendário jogo de volta contra o Barcelona em Anfield. O meia entrou no segundo tempo e, em dois minutos, fez dois dos gols e foi essencial para o time chegar à finalíssima daquela Champions.
Com 29 anos, Wijnaldum sabe que a concorrência nos Reds é forte, mas ele não dá motivos para Jürgen Klopp para tirá-lo do time. É um monstro entre os volantes, só que o Liverpool é tão bom a ponto de ele não ser o melhor do time, talvez…
3. Casemiro (Real Madrid)
Hora do pódio, e ele começa com brasileiro! Com nossa medalha de bronze, uma figurinha carimbada do Real Madrid e da Seleção Brasileiro há anos: Casemiro.
O jogador ex-São Paulo se tornou a espinha dorsal dos Merengues desde 2015, quando voltou do empréstimo ao Porto para não sair mais. Com 28 anos, o volante é parte essencial de um timaço que está acostumado a ganhar de tudo e que dispensa apresentações.
Se antes a técnica do jogador não era das mais refinadas, Zinedine Zidane operou milagres e transformou um meia forte e combativo relativamente comum num dos melhores do mundo, com senso tático acima da média, com qualidade para jogar nos dois extremos do campo.
O que Casemiro é, no fim das contas, é bem digno do apelido que ele ganhou: um tanque de guerra em forma de jogador.
2. Fabinho (Liverpool)
Se Wijnaldum ficou beirando o pódio, nossa medalha de prata vai para o maior monstro entre os volantes do Liverpool hoje: o brasileiro Fabinho, melhor volante tupiniquim do momento!
A missão de Fabinho era especialmente mais difícil porque ele, diferente de gente como Wijnaldum, chegou num time já formado, entrosado e muito, muito bom, mas mesmo assim conseguiu se encaixar.
A primeira temporada, 2018-19, já foi espetacular, e o jogador se provou essencial na campanha de título de UEFA Champions League dos Reds. Em 2019-20 a importância do jogador para o time não mudou, e Fabinho entrou em campo mais de 30 vezes até então e ajudou a garantir o Liverpool no topo da tabela.
Fabinho ficou de fora da Copa da Rússia, mas se mantiver sua boa forma, é garantia de que vai usar a camisa amarelinha no Catar, em 2022, e com todo o merecimento.
1. N’Golo Kanté (Chelsea)
Em nosso primeiríssimo lugar não poderia estar outro se não o rei do desarme, o mestre da marcação e um verdadeiro ninja dentro de campo, que aparenta ser capaz de estar em todos os lugares ao mesmo tempo: o francês N’Golo Kanté, do Chelsea.
O mais legal sobre Kanté é que a carreira dele só conheceu o sucesso pra valer relativamente tarde, quando saiu da Ligue 1, onde jogava no obscuro Caens para ir para o Leicester – e Leicester em 2015 todo mundo sabe como acabou.
Depois de ser o surpreendente e épico campeão da Premier League, o time dos Foxes acabou desmantelado quase que por completo, e quem levou Kanté foi o Chelsea. Ali o volante conhece um novo pico técnico da sua carreira.
NA primeira temporada já veio mais um título inglês e, em 2018-19, uma taça de Europa League depois de jogar o fino da bola na goleada na final contra o Arsenal. Alguns meses antes disso, claro, o volante de 29 anos já havia sido campeão do mundo com a poderosa Seleção Francesa, tendo jogado todas as sete partidas com Les Bleus.
Um verdadeiro monstro dentro de campo, Kanté não precisa provar mais nada para ninguém. Ele marca melhor do que qualquer outro, cola no adversário sem piedade e é capaz de anular qualquer astro de qualquer time – se é isso que um volante faz, ninguém faz melhor do que ele.